Salada Verde

Ricardo Salles sairá no dia D e na hora H

Em toda mudança ministerial o nome do ministro do Meio Ambiente entra nas especulações, mas por que trocá-lo se ele está fazendo um excelente trabalho de desmonte?

Daniele Bragança ·
31 de março de 2021 · 3 anos atrás
Salada Verde
Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente

Após a saída do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e as mudanças no Ministério da Defesa, na Advocacia Geral da União, na Secretaria de Governo e na Justiça e Segurança Pública, ventilam nos corredores de Brasília e nas falas de deputados e assessores que o próximo na fila seria o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. As notas incluem falas e líderes de partidos que integram o chamado centrão, que compõem a base aliada do governo. A despeito da má-fama dentro e fora do país, Salles é o sonho da bancada ruralista. Comandando uma equipe afinada, conseguiu – extinguindo portarias, desfazendo conselhos e mudando entendimentos internos –, que pautas importantes do ruralismo virassem realidade. Por que trocar alguém tão competente em desmontar políticas públicas apenas para fazer acenos aos mercados internacionais, que ameaçam parar de comprar do país? amenizar o discurso e emplacar pautas positivas cosméticas o ministro já sabe fazer. 

Na penúltima vez em que foi ventilado que Salles sairia, Bolsonaro veio a público dizer que o ministro representaria o país na COP 26, em novembro de 2021. Agora, retruca que Salles não está na lista, pois não está mesmo

Leia Também

  • Daniele Bragança

    Repórter e editora do site ((o))eco, especializada na cobertura de legislação e política ambiental.

Leia também

Notícias
7 de fevereiro de 2021

Mineração em Terras Indígenas, regularização fundiária e mais, entenda as prioridades de Bolsonaro para 2021

O presidente Jair Bolsonaro entregou à Câmara uma lista com as iniciativas legislativas consideradas prioritárias para o governo, entre elas, quatro têm impacto direto na área ambiental

Salada Verde
6 de dezembro de 2020

Salles fica e vai representar o governo na COP 26, em novembro

Ministro não sairá do Ministério do Meio Ambiente e deverá representar o Brasil na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas

Reportagens
18 de abril de 2024

A nova distribuição da vida marinha no Atlântico ocidental

Estudo de porte inédito pode melhorar políticas e ações para conservar a biodiversidade, inclusive na foz do Rio Amazonas

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Comentários 2

  1. MARTA METELLO JACOB diz:

    Excelente texto. Salles colocado lá para realizar um trabalho de destruição que atinge o país todo e o planeta, com prejuízos incalculáveis para as fontes de água, que impactam o próprio agronegócio, e que portanto demonstram o quanto é descabido matar a continuidade da única atividade que nos dá divisas. Sem falar na destruição de flora que pode ser fonte de moléculas farmacologicamente ativas, e que são infinitamente mais lucrativas que vacas e soja. O futuro da humanidade depende das florestas. Somente uma ignorância abissal pode ter como objetivo de gestão a destruição dos ecossistemas. A sindemia que vivemos é resultante da destruição dos habitats, e está nos destruindo.


  2. Paulo diz:

    $acanagem, com o $alle$$.