A expansão da produção de dendê na Amazônia tem preocupado ambientalistas em função não apenas da substituição de florestas por áreas de monocultivo, como também do alto índice de veneno utilizado nas roças. Em média, para manutenção de uma lavoura já estabelecidas, são gastos dois litros de herbicidas por hectare, sendo feitas duas aplicações anuais, conforme informações do relatório “A expansão do dendê na Amazônia”, apresentado este ano pela ONG Repórter Brasil. A média de aplicações é ainda mais intensa no início dos cultivos, época em que as palmeiras estão mais sujeitas a ataques de pragas, insetos e roedores.
O estudo foi baseado na análise das plantações no nordeste do Pará, área em que as empresas têm recebido generosos financiamentos públicos e apoio político de órgãos do governo federal, estadual e municipal. A previsão, ainda conforme o levantamento, é de que a produção de dendê na região deve mais do que dobrar nos próximos 7 anos. Hoje são cerca de 140 mil hectares plantados nos municípios da região, a estimativa é de que até 2020 sejam 326 mil, conforme exibe o infográfico abaixo, feito a partir de dados do estudo.
Confira no mapa abaixo quais os municípios em que as principais empresas do setor estão estabelecidas (clique nos ícones para ver os nomes), e, em seguida, a projeção de aumento das áreas de plantio de cada uma delas.
Mapa do dendê na Amazônia
Projeção de aumento das áreas de plantio
Clique aqui para baixar os dados desta datareportagem em uma tabela formato Excel.
Leia também:
Grandes desmatamentos voltam a ocorrer no Pará
Dois municípios do Pará entram na lista dos que mais desmatam
Leia também
Avistar celebra os 50 anos da observação de aves no Brasil
17º Encontro Brasileiro de Observação de aves acontece este final de semana na capital paulista com rica programação para todos os públicos →
Tragédia sulista é também ecológica
A enxurrada tragou imóveis, equipamentos e estradas em áreas protegidas e ampliou risco de animais e plantas serem extintos →
Bugios seguem morrendo devido à falta de medidas de proteção da CEEE Equatorial
Local onde animais vivem sofre com as enchentes, mas isso não afeta os primatas, que vivem nos topos das árvores. Alagamento adiará implementação de medidas →