Por 93 votos a favor e 39 contra, a Convenção para a Regulamentação do Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Silvestre Ameaçadas de Extinção (CITES), aprovou nesta segunda-feira (11) a limitação do comércio de 5 espécies de tubarões: – o tubarão-de-pontas-brancas-oceânico (Carcharhinus longimanus), o tubarão-sardo (Lamna nasus) e os tubarões-martelo recortado (Sphyrna lewini), gigante (Sphyrna mokarran) e liso (Sphyrna zygaena).
As espécies foram incluídas no Apêndice II da convenção, lista das espécies que não estão sob risco iminente, mas que pedem regulação para que o comércio não agrave o seu status e as coloque na rota da extinção. A exportação de espécies do Apêndice II exige documentação específica. Ou seja, não há proibição total da comercialização, apenas maior controle.
Até agora, a Cites tinha no seu apêndice II apenas 3 espécies de tubarão: o tubarão-branco, o tubarão-baleia e o tubarão-frade.
A inclusão das espécies na lista contou com a oposição da China e do Japão, países consumidores da sopa de barbatana e que se beneficiam do comércio sem controle. Japão defende que organizações de pesca, e não convenções como a Cites, regulamentem espécies marinhas comerciais.
O consumo de barbatana para sopas e outros pratos exóticos e o comércio da cartilagem são responsáveis pela morte de 100 milhões de tubarões no mundo todo. Das 88 espécies brasileiras, 38 estão na lista de extinção.
Leia também
MPF solicita suspensão das licenças de exploração de potássio, em Autazes
De acordo com o órgão, as obras acontecem em áreas tradicionais ocupadas pelo povo indígena Mura, além de ser um grave risco ambiental →
Caatinga pode ser severamente impactada por mudanças climáticas
Embora tenham evoluído para viver em uma clima seco, espécies do bioma e outros ecossistemas abertos não estão preparadas para as mudanças projetadas →
Tragédia no RS “não será a pior”, alerta coordenador de frente de prefeitos
Participantes do último dia de seminários organizados pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade, realizado na última sexta (10), falaram sobre financiamento à adaptação →