Notícias

Pirarucu: a doçura do gigante de águas doces

O homenageado do ((o))eco esta semana é um dos maiores peixes de água doce do mundo, podendo pesar até 200 quilos. Foto: Cliff

Duda Menegassi ·
19 de outubro de 2012 · 12 anos atrás
Esta semana o homenageado do ((o))eco é um peixe e tanto. O pirarucu (Arapaima gigas) é um dos maiores peixes de água doce do mundo. Pode chegar a 3 metros de comprimento e pesar até 200 quilos. Nativo da Bacia Amazônica, vive em lagos e rios afluentes, de águas claras e sem fortes correntezas.

Seu nome vem do tupi e significa peixe vermelho, devido à cor da sua cauda. É um animal onívoro e sua alimentação inclui moluscos, crustáceos, insetos e outros peixes. Um dado curioso sobre o pirarucu é seu sistema respiratório: além das brânquias, responsáveis pela respiração aquática, ele possui a bexiga natatória modificada, que funciona como um pulmão na respiração aérea. Porém, apesar de parecer uma espécie resistente a baixos níveis de oxigênio da água graças a sua respiração fora d’água, o momento de ir à superfície para respirar faz do pirarucu um alvo fácil para os pescadores. Principalmente quando os filhotes estão recém-nascidos e os pais ficam mais próximos da superfície para ajudá-los com a respiração aérea e com isso diminuem seus intervalos de emersão. Esse período de cuidados paternais expõe o pirarucu aos pescadores e prejudica a reprodução da espécie, pois os filhotes sem o apoio paterno são presas fáceis para seus predadores naturais.

O estoque pesqueiro desse peixe diminui quando o ritmo da pesca predatória supera a capacidade de reprodução do pirarucu. O impacto nas populações e o risco de extinção fizeram o Ibama criar, em 2004, uma regulamentação para a pesca do pirarucu na Amazônia, criando um período de resguardo e decretando tamanhos mínimos para a pesca e comercialização da espécie. Foto: Cliff

 

 

  • Duda Menegassi

    Jornalista ambiental especializada em unidades de conservação, montanhismo e divulgação científica.

Leia também

Notícias
3 de maio de 2024

Eletrobras contraria plano energético e retoma projetos para erguer megausinas no Tapajós

Há oito anos, as usinas do Tapajós estão fora do Plano Decenal de Energia, devido à sua inviabilidade ambiental. Efeitos danosos são inquestionáveis, diz especialista

Reportagens
3 de maio de 2024

Obra para desafogar trânsito em Belém na COP30 vai rasgar parque municipal

Com 44 hectares, o Parque Ecológico Gunnar Vingren será cortado ao meio para obras de mobilidade. Poderes estadual e municipal não entram em acordo sobre projeto

Salada Verde
3 de maio de 2024

Governo do RJ recebe documento com recomendações para enfrentamento ao lixo no mar

Redigido pela Rede Oceano Limpo, o documento foi entregue durante cerimônia no RJ. O plano contém diretrizes para prevenir, monitorar e conter o despejo de lixo nos oceanos.

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.