Nos últimos 40 anos, contudo, com o avanço da medicina e a queda das taxas de mortalidade, as populações dos sete países do Alto Nilo têm crescido a taxas maltusianas. A superpopulação tem ensejado maior demanda de energia (e hidrelétricas), maior ocupação das margens do Nilo (e poluição), maior procura por área agricultável (e irrigação) e maior necessidade de madeira para cozinha e aquecimento (e desmatamento das margens com conseqüente assoreamento). Uganda, Ruanda, Etiópia, Burundi, Quênia, República Democrática do Congo e Tanzânia concordam que esse processo precisa ser impedido de modo a não causar uma tragédia no Egito, mas alegam que a economia do país árabe é muito maior do que a de seus vizinhos. Nesse sentido, Audace Ndaizeyi, Presidente (CEO) da Iniciativa da Bacia do Nilo, recentemente foi confrontado com a questão de se o Egito estaria disposto a subsidiar a conservação do Alto Nilo, ajudando financeiramente os países mais pobres. Previsivelmente, Ndaizey respondeu com evasivas. Mas o problema e a pergunta permanecem. E agora José?
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