Lá, enfim, tomamos cerveja, de garrafa. Ao final, pedi água, antes do café. Seu Lacerda perguntou: “água da bica mesmo ou da geladeira?” “A água da geladeira sai de onde, mesmo?”, devolvi. “Da bica, mesmo”. A propriedade de seu Lacerda estava suficientemente no alto, para ele ainda poder oferecer aquela água pura e cristalina da serra, que saía fresca de sua bica, melhor do que qualquer água mineral de garrafa. Cada vez que ouve uma expressão de deleite, quando oferece aquela água mineral naturalíssima, Seu Lacerda fica mais perto da cidadania plena e vai se tornando, cada vez mais, um defensor da mata, da qual sai aquela água, que o ajuda a vender melhor a comida que sua mulher faz, enquanto ele continua a vender sua cachaça para os locais, no balcão de seu botequim, só que agora, mais bem vestido, mais abonado e mais satisfeito do que no passado. (Veja mais no pdf abaixo)
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