Para quem busca mais informações para entender a fundo o que pretendem os ruralistas que forçam o desmantelamento do Código Florestal Brasileiro, o Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam) disponiblizou na internet mais um pacote de materiais. Além de um manifesto, a organização permite que qualquer internauta baixe vídeos de audiências públicas e exposições de técnicos da área ambiental sobre o assunto.
Na audiência proposta pelo Ministério Público em São Paulo, no início de fevereiro, o engenheiro agrônomo Paulo Kageyama, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP) e ex-membro do Ministério do Meio Ambiente, revela que o mesmo grupo que força o enfraquecimento da legislação ambiental briga também pela aprovação de transgênicos a qualquer custo, eliminação da rotulagem, permitir o gene terminator, entre outras propostas. “Tudo de razoável que se constrói nesse país está sendo ameaçado por esse mesmo grupo ruralista”, explicou.
Para rebater as alusões que o setor ruralista costuma fazer à Ciência, que supostamente corrobora com suas propostas, o pesquisador, que há 30 anos trabalha com áreas de preservação permamentes e reservas legais, elencou ponto a ponto os argumentos ruralistas. Vale a pena conferir.
Leia também
Chuvas no RS – Mudanças climáticas acentuam eventos extremos no sul do país
Cheias batem recordes históricos e Rio Grande do Sul entra em estado de calamidade. Mais de 140 municípios foram atingidos e barragem se rompeu na serra →
Estudo sobre impacto das alterações no clima em aves pode ajudar espécies na crise atual
Alterações climáticas reduziram diversidade genética de pássaros na Amazônia nos últimos 400 mil anos, mas algumas espécies apresentaram resistência à mudança →
Sem manejo adequado, Cerrado se descaracteriza e área fica menos resiliente às mudanças no clima
Estudo conduzido ao longo de 14 anos mostra que a transformação da vegetação típica da savana em ‘cerradão’ – uma formação florestal pobre em biodiversidade – ocorre de forma rápida; mata fica menos resistente a secas e queimadas →