Pesquisadores ainda não sabem exatamente o porquê, mas a revisão de 439 estudos mostrou que, de uma forma geral, os solos de todo o planeta aumentaram suas emissões de dióxido de carbono nas últimas décadas, a uma média de 0.1% por ano entre 1989 e 2008. É o que afirma novo artigo publicado na revista Nature hoje. A constatação é coerente com a expectativa de que com o aumento global de temperatura, microorganismos decompositores vão acelerar seus trabalhos no solo, liberando gases cada vez mais rapidamente.
Os pesquisadores Bem Bond-Lamberty e Allison Thomsom, da Universidade de Maryland (EUA), compliaram 50 anos de dados sobre emissões dos solos, levando em consideração o uso divergente de critérios nos vários estudos analisados. E montaram estimativas anuais para mostrar o fluxo de carbono do solo para a atmosfera ao longo do tempo. O ano de 2008 registrou os mais elevados números, quando as emissões da terra alcançaram 98 bilhões de toneladas de CO2, o equivalente a 10 vezes mais do que a contribuição do homem a cada ano, segundo o informe da Nature. A pesquisa deve estimular outros trabalhos sobre ciclo de carbono em um mundo cada vez mais quente.
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