Manaus, AM – Até 2030, investimentos em infraestrutura, como estradas e pontes, devem acelerar a urbanização em todo o mundo, causando grandes impactos sobre a biodiversidade e aumento da emissão de gases de efeito estufa. O alerta está sendo feito por pesquisadores de três universidades americanas: Yale, Texas A&M e Boston. Eles publicaram esta semana um artigo com a projeção e os impactos do crescimento das cidades para as próximas duas décadas, na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
Segundo a projeção dos pesquisadores, existe uma grande possibilidade (mais de 75% de chances) de 1,2 milhões de quilômetros quadrados de área serem urbanizadas nos próximos 18 anos. Isso significa que as cidades podem crescer 185%, entre os anos 2000 e 2030.
Para a Mata Atlântica, um dos biomas do planeta mais afetados pelas cidades, a previsão é a urbanização crescer 160% nas primeiras três décadas do século.
Um dos resultados dessa expansão é um risco ainda maior para animais já ameaçados . A pesquisa levou em conta espécies encontradas nos sites da Aliança para a Extinção Zero, que indica áreas onde existem animais em perigo de serem extintos. Segundo o estudo, pelo menos 1 em 4 espécies encontrados nessas áreas podem ser afetadas pela urbanização, se medidas sustentáveis não forem adotadas.
No total, são 205 espécies sob risco: 139 anfíbios, 41 mamíferos e 25 pássaros, hoje, considerados Criticamente Ameaçados ou Ameaçados na Lista Vermelha da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN, em inglês). Só no continente americano, 134 espécies de animais ameaçados devem ser afetados pela urbanização.
Ainda segundo o estudo, a urbanização de novas áreas deve emitir o equivalente a 5% das emissões de carbono provocadas pelo desmatamento e mudanças no uso do solo. Atualmente, a derrubada e a degradação de florestas correspondem entre 6% e 17% das emissões de carbono antropogênicas.
A urbanização, de acordo com os pesquisadores, ainda é uma questão local, mas as análises que eles fizeram demonstram que ela causa impactos globais sobre a biodiversidade e emissão de carbono. “’Temos de reconsiderar a política de conservação e o que se considera uma cidade sustentável”, diz Burak Güneralp, um dos autores e professor assistente na Universidade Texas A&M. Ele acredita que prefeitos e administradores precisam considerar como a expansão urbana vai afetar outras espécies e o valor destas espécies para a atual e para as futuras gerações de seres humanos.
“O mundo experimentará uma expansão urbana pela construção de cidades sem precedentes nas próximas duas décadas”, afirma Karen Seto, da Universidade de Yale e autora principal do estudo. “As mudanças ambientais e sociais associadas a ela serão enormes, mas ainda temos oportunidades”, completa. Para os pesquisadores, é preciso adotar práticas sustentáveis, como redução de gastos de energia e capacidade de enfrentar situações imprevistas, no planejamento das cidades.
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Nome do estudo: Global forecasts of urban expansion to 2030 and direct impacts on biodiversity and carbon pools (algo como “Projeções globais de expansão urbana até 2030 e seus impactos diretos sobre a biodiversidade e carbono”). Autores: Karen C. Setoa,Burak Güneralpa e Lucy R. Hutyrac
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Da antinomicidade e paradoxalidade que parecem erupcionar nas diversidades da ocupação humana aglomerada, uma delas entre milhares, há entre 2 cidades, Daka capitalzona de Bangladesh e Prostêjov no interior da República Tcheca. Um visitante ainda que fugaz, turbinado por um sentimento que não é seu, mas que lhe foi dado de um mundo superior, vai ter os ponteiros intelectuais de seu cérebro levados ao VDO. É que aquela do delta do Ganges está num planeta, a europeia noutro, ambos como que distantes, desconhecidos e inimagináveis, antinômicos e paradoxais para a lógica do amor sem fronteiras. O alento humilde e escatológico da transitoriedade humana é que vai serenar o coração magnânimo daquele visitante…:)