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Ar de SP está mais limpo, diz relatório

Levantamento de órgão ambiental paulista diz que concentrações de monóxido de carbono e material particulado caíram na Metrópole em 2008. Número, no entanto, ainda está aquém do ideal

Redação ((o))eco ·
31 de julho de 2009 · 15 anos atrás

A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), órgão ligado à Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, disponibilizou ontem (30) na internet os relatórios sobre qualidade do ar, dos rios e praias do Estado durante 2008. Quando avaliados de maneira integrada, segundo a Companhia, os relatórios trazem como destaque a melhoria na qualidade do ar na metópole. Houve diminuição, ainda que pequena, das concentrações de monóxido de carbono (CO) e material particulado fino neste ano, em comparação com 2007, aponta o documento. Isso num cenário de pouca chuva e baixa ventilação apresentados durante o inverno, o que propicia a dispersão de poluentes, e uma frota de aproximadamente 6,2 milhões de veículos.

Segundo Maria Helena Martins, gerente da Divisão da Qualidade do Ar da Cetesb, quando comparados os níveis de poluentes de agora com os da década de 1990, a melhora é ainda mais expressiva. “Em 1998 tivemos 36 ocorrências de ultrapasagem do padrão de qualidade do ar para o CO. Em 2008 não houve nenhuma ocorrência. Em relação ao Material Particulado, em 1998 foram 26 ocorrências, para duas em 2008”, diz. Segundo ela, a melhora é reflexo dos diversos programas de controle adotados, como aumento nas estações de medição da qualidade do ar, melhoria da qualidade dos combustíveis e renovação de frota.

No entanto, o quadro apresentado na Região Metropolitana de São Paulo não é tão otimista. Há cerca de cinco anos essa queda da concentração de poluentes tem se mantido estável, reflexo do número cada vez maior de veículos circulando. Isto é, se por um lado as tecnologias estão cada vez mais avançadas, possibilitando a melhora na qualidade do ar, o número crescente da frota compensa negativamente esse ganho, com a emissão de maior quantidade de fumaça. Além disso, várias medidas adotadas geraram polêmica, como o atraso na implantacão do diesel mais limpo e o questionamento da eficácia do programa de inspeção veicular.

Soma-se a esse quadro o fato de que o ozônio, composto muito prejudicial à saúde, formado a partir de elementos precursores emitidos principalmente pelos veículos, continua sendo o poluente que mais ultrapassa o padrão de qualidade do ar, principalmente na Grande São Paulo, embora esse número tenha sito menor em 2008. Foram 49 dias acima do padrão de qualidade no ano passado contra 72 registrados em 2007. De acordo com a gerente da Cetesb, esse quadro deve-se mais às condições atmosféricas do que à emissão de poluentes.

Para conferir o Relatório de Qualidade do Ar da Cetesb e os documentos sobre rios e praias, acesse o site da Companhia.

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