O mico-leão-preto foi considerado extinto por aproximadamente 70 anos. Redescoberto por Adelmar Coimbra Filho no Parque Estadual do Morro do Diabo (IF-SP), oeste de São Paulo, passou a ser estudado por anos afio pelo Claudio Padua, Cristiana Martins e outros pesquisadores do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, que implementaram ações inusitadas como parte das estratégias de salvar a espécie. Na época, introduziram inovações ao tratar as populações isoladas pelo desmatamento como meta-população. Isso quer dizer que todos os grupos remanescentes deveriam ser considerados de forma integrada.
Adotaram medidas cuidadosamente planejadas como reintrodução, translocação e dispersão. Foram mais de 30 anos de empenho e trabalhos contínuos, inclusive de educação ambiental, transformando o mico-leão-preto em um símbolo de orgulho regional, principalmente no Pontal do Paranapanema, onde habita a maior população.
O trabalho valeu a pena. Em 2008, a IUCN reclassificou o mico-leão preto de criticamente ameaçado passando a ameaçado, o que indica o sucesso dessas iniciativas. Cada espécie viva deveria ser tratada com este cuidado e atenção. Aí sim seríamos merecedores da biodiversidade que herdamos no planeta!
Leia também
Por manobra de Flávio Bolsonaro, plano de adaptação às mudanças do clima não é votado no Senado
“Se fosse uma situação global, o mundo inteiro estaria passando pelas mesmas circunstâncias. Não é o caso”, disse, sobre impactos das mudanças climáticas no RS →
Entidades criticam consulta pública sobre combustíveis fósseis na transição energética
Em nota conjunta, a Coalizão Energia Limpa e o Observatório do Clima citam prazo de apenas 15 dias para contribuições e tendência de aumento na exploração de petróleo e gás →
MPF solicita suspensão das licenças de exploração de potássio, em Autazes
De acordo com o órgão, as obras acontecem em áreas tradicionais ocupadas pelo povo indígena Mura, além de ser um grave risco ambiental →