Colunas

Mico-leão-preto: uma história de sucesso da conservação

Foram necessários 30 anos de dedicação, mas pesquisadores do Instituto Ipê conseguiram retirar a espécie da lista de criticamente ameaçada.

29 de janeiro de 2013 · 11 anos atrás
  • Suzana Padua

    Doutora em educação ambiental, presidente do IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas, fellow da Ashoka, líder Avina e Empreen...

 
Em pouco mais de 30 anos, aumentou consideravelmente a população do mico-leão-preto, que quase foi extinto. Foto: Divulgação.
Em pouco mais de 30 anos, aumentou consideravelmente a população do mico-leão-preto, que quase foi extinto. Foto: Divulgação.

O mico-leão-preto foi considerado extinto por aproximadamente 70 anos. Redescoberto por Adelmar Coimbra Filho no Parque Estadual do Morro do Diabo (IF-SP), oeste de São Paulo, passou a ser estudado por anos afio pelo Claudio Padua, Cristiana Martins e outros pesquisadores do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, que implementaram ações inusitadas como parte das estratégias de salvar a espécie. Na época, introduziram inovações ao tratar as populações isoladas pelo desmatamento como meta-população. Isso quer dizer que todos os grupos remanescentes deveriam ser considerados de forma integrada.

Adotaram medidas cuidadosamente planejadas como reintrodução, translocação e dispersão. Foram mais de 30 anos de empenho e trabalhos contínuos, inclusive de educação ambiental, transformando o mico-leão-preto em um símbolo de orgulho regional, principalmente no Pontal do Paranapanema, onde habita a maior população.

O trabalho valeu a pena. Em 2008, a IUCN reclassificou o mico-leão preto de criticamente ameaçado passando a ameaçado, o que indica o sucesso dessas iniciativas.  Cada espécie viva deveria ser tratada com este cuidado e atenção. Aí sim seríamos merecedores da biodiversidade que herdamos no planeta!

Leia também

Notícias
26 de abril de 2024

Em reunião com representes indígenas, Lula anuncia força-tarefa por demarcações

Grupo será composto por 6 órgãos, sob coordenação do Ministério dos Povos Indígenas; participantes do Acampamento Terra Livre fizeram passeata até a Praça dos Três Poderes

Reportagens
26 de abril de 2024

Levantamento mapeia áreas de impacto das eólicas offshore nas comunidades pesqueiras no RN

Cartografia Social do Mar alerta para o potencial impacto das eólicas no mar em áreas ocupadas por comunidades tradicionais e revela como projetos de energia podem prejudicar o ecossistema marinho

Notícias
25 de abril de 2024

Brasil registra o maior número de conflitos no campo desde 1985, diz CPT

Segundo os dados da Comissão Pastoral da Terra, país teve 2.203 conflitos em 2023, batendo recorde de 2020; 950 mil pessoas foram afetadas, com 31 assassinatos

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.