Conceito nascido no bairro do Greenpoint, Brooklyn (Nova York-EUA), onde o excesso de prédios e a falta de espaços para o cultivo de vegetais forçou a criação de áreas verdes nas coberturas dos edifícios, as fazendas urbanas avançaram a passos largos em diversas regiões do planeta. Nas grandes metrópoles, cada metro quadrado é disputado a preços elevados, e desta forma, o antes inutilizado topo dos prédios funcionaria como uma bela alternativa para a captação de água da chuva, energia solar e também para a plantação de alimentos.
Ao contrário da ideológica e prática ideia do Greenpoint, no qual os produtos orgânicos impulsionavam a conscientização da população, muitas cidades brasileiras apresentam um panorama híbrido entre o rural e o urbano.
A proximidade geográfica de lavouras tradicionais, com produção mecanizada e uso de pesticidas, e centros residenciais, estabelece uma curiosa relação entre produto e consumidor.
Os alimentos chegam em seu estado bruto para o freguês, visto que eliminam a etapa dos filtros que os grandes varejos aplicam nos alimentos. É possível, por exemplo, encontrar nestas regiões alfaces com tamanho até quatro vezes maior que as oferecidas nos supermercados e por preços semelhantes ou inferiores.
Em São José dos Campos, interior de São Paulo, uma vasta área extremanente privilegiada por sua localização próxima ao centro, está com os dias contados. A prefeitura local pretende desapropriar estes pequenos produtores, e outros moradores locais, para a criação da Unidade de Conservação e Proteção Ambiental denominada Parque Estadual do Banhado, com o apoio financeiro da Petrobrás.
Com a reconfiguração do espaço, novas relações sociais irão se estabelecer, e quem sabe, o conceito do GreenPoint ganhe força nesta nova ordem espacial de São José dos Campos.
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