Salada Verde

Protocolo virtual orienta na coleta de amostras biológicas de albatrozes e petréis

Publicação é uma parceria entre o Projeto Albatroz e o CEMAVE/ICMBio e condensa recomendações de boas práticas nacionais e internacionais

Sabrina Rodrigues ·
28 de novembro de 2019 · 4 anos atrás
Salada Verde
Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente
A publicação, além de orientar pesquisadores, visa ampliar o Banco Nacional de Amostras Biológicas de Albatrozes e Petréis (BAAP). Foto: Divulgação.

Pesquisadores sempre estão à procura das melhores ferramentas para aprimorar os seus trabalhos. No caso da conservação, os bons instrumentos utilizados são imprescindíveis. Foi com a ideia de orientar os estudiosos sobre as melhores condições para coletar e catalogar amostras biológicas de albatrozes e petréis para coleções científicas que o Projeto Albatroz em parceria com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (CEMAVE/ICMBio) se envolveram na formação de um protocolo online simplificado com informações sobre o assunto.

Para a ornitóloga Alice Pereira, especializada em aves marinhas e uma das organizadoras do Protocolo, a padronização das coletas facilita o intercâmbio de amostras entre instituições e pesquisadores, possibilitando um incremento no número amostral dos estudos. “A padronização é importante para que os resultados de trabalhos científicos com o mesmo tema, tanto dentro como fora do Brasil, tenham o mesmo valor comparativo entre si, ao menos no que tange os métodos de coleta”, explica Alice Pereira.

Com o Protocolo, espera-se aumentar a qualidade e a relevância do material que chega ao Banco Nacional de Amostras Biológicas de Albatrozes e Petréis (BAAP), que reúne material biológico dessas aves,  integrando universidades, grupos de pesquisa, centros de reabilitação de animais marinhos e instituições responsáveis pelo monitoramento de praias. 

O BAAP é resultado de ações propostas no âmbito do Plano de Ação Nacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis (PLANACAP) e está

alinhado também às diretrizes do Acordo Internacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP).  Com isso, surgiu a necessidade da criação de um protocolo simplificado, que reúne guias de boas práticas de coleta do ACAP para facilitar o trabalho de coleta e separação do material para os profissionais em campo, apoiando estudos em genética, saúde, ecologia, ecotoxicologia, impactos da poluição e da ingestão de plástico, entre outros assuntos considerados prioritários para atingir as estratégias estabelecidas pelo PLANACAP/ACAP.

Os albatrozes e petréis estão entre o grupo de aves mais ameaçados de extinção do planeta. Estas aves passam a maior parte da vida pelo oceano aberto buscando alimento, voando sobre a água ou pousando nela. Por serem espécies que dão voltas ao redor do mundo, elas se deparam com uma ameaça constante: as embarcações de pesca de espinhel, que é uma técnica de pesca industrial que utiliza como isca o mesmo alimento consumido pelas aves, gerando capturas não intencionais e a necessidade de um esforço internacional para reverter a diminuição dessas populações.

*Com informações da Assessoria de Comunicação do Projeto Albatroz

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  • Sabrina Rodrigues

    Repórter especializada na cobertura diária de política ambiental. Escreveu para o site ((o)) eco de 2015 a 2020.

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