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Caso Naja: PMs são afastados, suspeitos de atrapalhar as investigações sobre tráfico

Imagens de câmeras de segurança revelaram que os policiais chegaram 1 minuto após a Naja ser abandonada e reforça suspeita de que agiram para proteger os envolvidos no crime

Duda Menegassi ·
5 de agosto de 2020 · 4 anos atrás
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A lista das pessoas afetadas colateralmente pelo “Caso Naja” só cresce. Nesta quarta-feira (5), a Polícia Militar do Distrito Federal comunicou o afastamento de dois membros do Batalhão Ambiental do DF, o comandante Joaquim Elias Costa Paulino, e do capitão Cristiano Dosualdo Rocha. Ambos foram transferidos para área administrativa por serem acusados de atrapalhar as investigações sobre tráfico de animais.

A história da Naja teve início no começo de julho, quando Pedro Krambeck – hoje suspeito de tráfico de animais silvestres – foi mordido pela cobra e hospitalizado. Na noite seguinte, a Naja foi capturada ao lado de um shopping em Brasília. De acordo com a Polícia Civil, as imagens do circuito interno do centro comercial mostram que a Polícia Militar Ambiental chegou 1 minuto depois da serpente ser deixada no local. Os investigadores agora apuram se os policiais agiram para proteger os alvos da investigação, uma vez que o padrasto de Pedro, Eduardo Condi, é tenente-coronal da PM.

Segundo reportagem do G1, a medida foi solicitada pelo Departamento de Controle e Correição da PMDF. “Tem oficiais parentes dos envolvidos diretamente com as cobras. Será que vão ter coragem de exonerá-los também?”, questionou o comandante afastado, Joaquim Elias. (Duda Menegassi)

 

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  • Duda Menegassi

    Jornalista ambiental especializada em unidades de conservação, montanhismo e divulgação científica.

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