Salada Verde

Após críticas, Bolsonaro chama Greenpeace de “lixo”

Presidente responder pergunta sobre Conselho da Amazônia atacando a ONG. Greenpeace respondeu dizendo que atitude não condiz “com o cargo que ocupa”

Daniele Bragança ·
13 de fevereiro de 2020 · 4 anos atrás
Salada Verde
Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente
Jair Bolsonaro durante Cerimônia de assinatura do decreto que dispõe sobre o Conselho Nacional da Amazônia Legal. Foto: Carolina Antunes/PR.

O presidente Jair Bolsonaro xingou nesta quinta-feira (13) a organização ambiental Greenpeace de “lixo”. A ofensa ocorreu em responta a pergunta de um jornalista sobre críticas da ONG em relação ao Conselho da Amazônia, criado oficialmente esta semana. Segundo o Greenpeace, o colegiado “não tem plano, meta ou orçamento”.

A fala de Bolsonaro ocorreu no cercadinho que o separa da imprensa no Palácio da Alvorada.

“Quem é Greenpeace? Quem é essa porcaria chamada Greenpeace? Isso é um lixo. Outra pergunta”, disse Bolsonaro.

Um jornalista quis saber sobre a ausência dos governadores no Conselho. “Se você quiser que eu bote governadores, secretários de grandes cidades, vai ter 200 caras. Sabe o que vai resolver? Nada. Nada”, disse Bolsonaro, que acrescentou: “Tem bastante ministros. Nós não vamos tomar decisões sobre estados da Amazônia sem conversar com governador, com a bancada do estado. Se botar muita gente é passagem aérea, hospedagem, uma despesa enorme, não resolve nada”, disse.

A ausência dos estados e da sociedade civil no Conselho presidido por Mourão foi a crítica que o Greenpeace havia feito. E o que gerou a resposta malcriada do presidente.

“O incômodo de quem destrói o meio ambiente soa como elogio, disse o Greenpeace, em nota. “No Brasil, temos criticado e combatido as políticas do governo que levaram ao aumento do desmatamento e ao desmantelamento dos órgãos de fiscalização, além de nos posicionarmos contra os absurdos ataques aos direitos dos povos indígenas”.

Governo estuda criar novo Ministério para cuidar da Amazônia

O deputado federal Átila Lins (PP-AM) propôs a Bolsonaro a criação de um ministério extraordinário, ligado à Presidência da República, para cuidar de assuntos da Amazônia.

“O ministério seria o órgão executor. Um ministério extraordinário, uma estrutura enxuta e que ficaria ligada à Presidência da República”, explicou o deputado, do lado do presidente.

Bolsonaro explicou que ainda iria estudar o assunto, por conta da despesa extra.

 

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  • Daniele Bragança

    Repórter e editora do site ((o))eco, especializada na cobertura de legislação e política ambiental.

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Comentários 3

  1. Paulo diz:

    O sr. $alles, já tinha dito que o derramamento de óleo no litoral doNordeste, tinha GRANDES indícios de ser do navio dos green.

    Pois chute e mais chutes. Mais uma farquejada.


  2. Armadillo Joe diz:

    Tão acompanhando a briga entre WWF e Survival International? Essas BONGs (big ONGs) são assim mesmo…briga de mercado! #it's_all_business


  3. Paulo diz:

    Cada um fala o que quer.
    Acredite quem quiser.
    Agora, provar o que falou. O Presidente farquejou, de NOVO.