Só se fala disso em Brasília: da reforma ministerial. Com a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) no domingo, o segundo mandato começa com as especulações em torno do nomes que ocuparão os 39 ministérios. Um dos nomes cotados é o da senadora Kátia Abreu (PMDB), que pode assumir a pasta do Ministério da Agricultura, de acordo com o jornal O Globo. A senadora é líder dos ruralistas e também presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
Não é a primeira vez que o nome da senadora entra na lista de ministériáveis. Em 2012, em plena luta para destravar a Medida Provisória do Código Florestal, Kátia Abreu surgiu como nome provável na barganha para aprovar a lei no Congresso. Porém, a nomeação não aconteceu.
Mesmo assim, a lealdade de Kátia Abreu à presidente Dilma Rousseff se manteve. Esse ano, a senadora se engajou pessoalmente na campanha de reeleição da Dilma e elas apareceram juntas na propaganda eleitoral de Dilma na TV. O apoio político foi recíproco: Dilma também apoiou a senadora e chegou a gravar um vídeo pedindo votos para ela. Kátia Abreu conseguiu ser reeleita, com 41.64% dos votos válidos (282.052 votos).
Em episódio recente, ela respondeu à provocação de Rodrigo Constantino, colunista da Veja, que a questionou por votar na Dilma.
“Votei e voto de novo na Dilma. Não sou hipócrita nem ingrata. Afirma, numa sequência de tuites. “Sr Rodrigo Constantino xiita de extrema direita. Patrulheiro arrogante e reacionário. Não lhe devo satisfação pois não lhe devo nada”, respondeu.
A aproximação de Kátia e Dilma aconteceu há pelo menos 4 anos. Porém, foi durante a divulgação do Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013, em junho de 2012, que as duas apareceram trocando elogios em público. Em um discurso de 16 minutos, a senadora elogiou a Presidente Dilma e a Ministra Izabella Teixeira por permitirem costurar uma lei, o Código Florestal, que tirou os produtores rurais da ilegalidade. “Viu o discurso dela de ministra?”, comentou um membro do gabinete de Dilma, na ocasião, cuja frase foi registrada pelo jornal Folha de S. Paulo.
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