Mais de 7 mil registros de localizações individuais de espécies endêmicas de 115 aves, 55 mamíferos, 177 anfíbios e 435 plantas foram combinados com dados climáticos e de topografia, para elaboração de mapas de distribuição de espécies com detalhamento de 1 Km2.
Segundo o artigo Endemismo de plantas e animais na encosta leste dos Andes: Desafios para a conservação, 226 espécies endêmicas não contam com nenhuma proteção dos governos dos dois países e cerca de metade dos ecossistemas têm apenas 10% ou menos da extensão protegidos. Estão protegidos apenas 20% das áreas com grande número de espécies endêmicas e 20% das que contêm ecossistemas exclusivos da região.
Foram analisadas desde as áreas úmidas da savana do Rio Beni e a Várzea de Iquitos até os vales interandinos e os bosques montanhosos frios e úmidos ao longo da vertente oriental dos Andes.
A maior concentração de espécies endêmicas de aves e mamíferos está ao longo em uma faixa que fica entre 2.500 e 3.000 metros de altitude, ao longo da cordilheira. Já as espécies endêmicas de anfíbios se encontram entre 1.000 e 1.500 metros de altitude. Uma das áreas únicas, com maior número de espécies de aves e mamíferos se encontra em uma região sem proteção ao redor de Macchu Picchu, Patrimônio da Humanidade (Cordillera de Vilcabamba, Peru).
“A diversidade biológica nos Andes está sob ameaça pela exploração petrolífera e de ouro, projetos de infraestrutura, cultivos ilícitos e diversas outras atividades”, afirma a doutora Jennifer Swenson, da Universidade Duke, que dirigiu a pesquisa. “Há evidência de espécies que estão migrando a regiões mais altas devido às mudanças climáticas nesta região. A conservação ao longo dos Andes necessita de uma revisão urgente e esperamos que nossos dados sejam uma contribuição para proteger esta região incrível e única”, completa.
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NatureServe
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