O livro “Tapajós: hidrelétricas, infraestrutura e caos. Elementos para a governança da sustentabilidade em uma região singular” reúne diversos autores para fazer uma análise detalhada sobre os planos do governo de construir hidrelétricas na bacia hidrográfica do rio Tapajós.
São apresentados dados e informações sobre o ambiente e a sociedade da bacia do rio Tapajós. Análises do planejamento do setor elétrico brasileiro a partir dos Planos Decenais de Energia e do Plano Nacional de Energia têm um capítulo a parte na publicação, assim como leituras sobre o risco de desmatamento associado a doze hidrelétricas e os projetos de estrada e mineração que acompanham as obras de geração de energia.
“Das três terras indígenas, duas – Munduruku e Sai Cinza – serão diretamente afetadas pelos impactos previstos com a construção de hidrelétricas no rio Tapajós e uma, a Kayabi, que acompanha o rio Teles Pires por 280 km, sofrerá impactos indiretos. O município de Jacareacanga, localizado no curso alto do Tapajós, é considerado uma “cidade” indígena com 60% de seu território cercados pelas terras dos Saí Cinza, Mundurucânia, Kayabi e Munduruku. A Terra Indígena Munduruku é a maior e ocupa 12% da bacia do Tapajós”, está escrito no primeiro capítulo da obra, que tem 197 páginas.
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