O Imazon faz o monitoramento independente do desmatamento na Amazônia Legal e divulgou, nesta quinta-feira (12/02), o balanço dos alertas para janeiro de 2015. Os números continuam ruins para a floresta.
Em janeiro foram detectados 288 Km² de perda florestal, contra 109 km² registrados em janeiro de 2014: um crescimento de 169%. Este é o sexto aumento consecutivo de alta em relação ao mesmo mês do ano anterior. O crescimento vem apresentando essa tendência de alta desde agosto, o primeiro mês do ano-calendário de medição do desmatamento na Amazônia Legal. O calendário vai de agosto até julho do ano seguinte – neste caso, julho de 2015.
Como se pode ver na tabela abaixo, todos os meses tiveram aumentos em relação aos meses do ano anterior. De agosto até janeiro, apenas dezembro aparece com crescimento de taxa abaixo dos 100%: nesse mês, o crescimento foi de 70%.
clique para ampliar
Os aumentos foram: agosto, 136%; setembro, 290%; outubro, 247%; novembro, 467% (o maior pico); dezembro, 70%, e janeiro, com 169%.
No acumulado desses meses, a derrubada de floresta atingiu 1660 quilômetros quadrados, contra 531 km² detectados no mesmo período anterior (agosto-dezembro/2013), uma subida de 213%.
Desmate por estado
Em janeiro, 75% do desmatamento ocorrido no período se concentrou no Mato Grosso (com 217 km²), seguido do Pará, com 20% (ou 59 km²). Rondônia (2%), Amazonas (1%), Tocantins (1%) e Roraima (1%) juntos respondem por apenas 5% do desmatado no período.
Saiba Mais
Boletim do Desmatamento do SAD – Janeiro 2015 – PDF produzido pelo Imazon
Leia Também
Desmatamento aumenta pelo quinto mês consecutivo, diz Imazon
Inpe e Imazon: vigilantes do desmatamento na Amazônia
Imazon alerta para aumento de 427% no desmatamento
Leia também
Avistar celebra os 50 anos da observação de aves no Brasil
17º Encontro Brasileiro de Observação de aves acontece este final de semana na capital paulista com rica programação para todos os públicos →
Tragédia sulista é também ecológica
A enxurrada tragou imóveis, equipamentos e estradas em áreas protegidas e ampliou risco de animais e plantas serem extintos →
Bugios seguem morrendo devido à falta de medidas de proteção da CEEE Equatorial
Local onde animais vivem sofre com as enchentes, mas isso não afeta os primatas, que vivem nos topos das árvores. Alagamento adiará implementação de medidas →