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8ª edição do CBUC quer atrair público não especializado

Até o próximo dia 15 de abril estarão abertas as inscrições para o envio de trabalhos técnicos. Encontro quer atrair público mais variado.

Observatório das UCs ·
9 de abril de 2015 · 9 anos atrás
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Estão abertas até o próximo 15 de abril as inscrições para o envio de trabalhos técnicos ao VIII Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), a ser realizado em Curitiba, entre 21 e 25 de setembro deste ano.

Os trabalhos serão publicados nos anais do congresso e devem envolver temas sobre experiências de gestão e manejo de unidades de conservação, em especial aquelas que possuam caráter inovador com possibilidade de replicação em outras áreas protegidas. É necessário preencher um formulário online disponível na área de Trabalhos Técnicos do site.

Confira os cinco eixos temáticos nos quais os trabalhos devem ser enquadrados:

  1. Planejamento, Gestão e Manejo – experiências de gestão e manejo de Unidades de Conservação, em especial aquelas que possuam caráter inovador possível de replicação a outras áreas protegidas.
  2. Estratégias de Mobilização da Sociedade – resultados e impactos de ações ou iniciativas cujo alvo principal tenha sido mobilizar, transformar e inspirar pessoas sobre a importância das Unidades de Conservação, por meio de ações estruturadas, campanhas e outras metodologias.
  3. Políticas Públicas e Marco legal – processos de criação ou ampliação de Unidades de Conservação ou que tenham influenciado na elaboração de instrumentos legais (zoneamento, planos de manejo ou ações emergenciais para proteção de espécies e ecossistemas).
  4. Serviços ambientais – metodologias, resultados dos benefícios ambientais, sociais e econômicos gerados com a criação e manutenção das Unidades de Conservação.
  5. Biologia da Conservação – aspectos técnico-científicos que auxiliaram ou possam subsidiar tomadas de decisão s para a conservação e o manejo de espécies e hábitats.

Após o término do período de recebimento, as propostas submetidas serão selecionadas por consultores voluntários da Fundação Grupo Boticário, organizadora do VIII CBUC. O resultado dos trabalhos aprovados deverá ser divulgado na primeira quinzena de julho de 2015.

Mais público não especializado

O desafio este ano será ampliar a audiência já assídua, formada por pesquisadores, gestores públicos e organizações ambientais. Desta vez, o CBUC quer atrair o interesse de pessoas curiosas por aprender mais sobre preservação da natureza.

“Esperamos ter um público variado. A sociedade precisa entender a importância das unidades de conservação, não só para a proteção da biodiversidade, mas para a manutenção das atividades econômicas básicas”, disse Émerson Oliveira, coordenador de Ciência e Informação da Fundação Grupo Boticário de Proteção da Natureza, organizadora do evento.

Em defesa do SNUC

O destaque da abertura será a palestra da ambientalista Maria Tereza Jorge Pádua, membro do Conselho da Comissão Mundial de Áreas Protegidas (WCPA) e da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Pádua terá a missão de fazer um histórico da preservação ambiental no Brasil e tratar dos 15 anos do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), que hoje está ameaçado por cerca de 400 projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional com o objetivo de redefinir UCs.

Em maio de 2014, Maria Tereza já havia reagido à Frente Parlamentar em Defesa das Populações Atingidas por Áreas Protegidas, criada com a assinatura de 240 deputados do legislativo em abril de 2014, que colocava o número de UCs no Brasil como excessivo e procurava criar a figura das populações atingidas por UCs para justificar a flexibilização do SNUC.

Temas e personagens dos debates

Entre os nomes de destaque na programação do CBUC está o biólogo Bráulio Ferreira de Souza, secretário-executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) das Nações Unidas. Ele trabalhou no Ministério do Meio Ambiente do Brasil por duas décadas e teve importante papel na preparação e negociação do Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020 e das Metas de Biodiversidade de Aichi.

Também confirmou presença o biólogo George Schaller, ícone entre os seus pares e conservacionista sênior da Wildlife Conservation Society, em Nova York. Ao longo de sua longa carreira, Schaller realizou projetos de conservação ao redor do mundo, incluindo Brasil, China, Laos, Mianmar, Mongólia, Irã e Tajiquistão.

O cineasta Fernando Meirelles, sócio da O2 filmes, estará presente para falar do documentário “A lei da água – Novo Código Florestal”, dirigido por André D’Elia e do qual Meirelles foi produtor executivo.

 

 

*Este texto foi produzido em parceria com o blog Observatório de UCs.
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