Operação Verde Brasil 2, moratória do fogo, as poucas respostas do governo para tentar proteger a floresta, não foram capazes de frear o avanço das queimadas na Amazônia. Entre os dias 1 e 31 de agosto foram registrados 29.307 focos ativos de calor no bioma, segundo o Programa de Queimadas do Inpe. É o 2º maior número de focos no período da década, atrás apenas de agosto de 2019, recordista com 30.900 focos detectados. A ligeira queda de aproximadamente 5% para o mês, quando comparado com o período anterior, portanto, não é motivo para comemorar.
Além disso, é preciso destacar que uma pane no satélite Aqua, da NASA, usado como referência pelo Inpe, fez com que no dia 16 de agosto o monitoramento ocorresse de forma incompleta, com um registro de focos bem abaixo do normal (199) para o dia.
Historicamente os meses de agosto e setembro são os que apresentam os maiores índices de queimadas na Amazônia. Com quatro meses inteiros ainda pela frente, o ano de 2020 já contabiliza 44.013 focos, quase a metade do total registrado em 2019, com 89.176 focos. (Duda Menegassi)
Leia também
Em contradição aos dados, Mourão declara que “a floresta não está queimando”
Leia também
Em contradição aos dados, Mourão declara que “a floresta não está queimando”
Apresentação do vice-presidente acumulou informações falaciosas, reforçou que desmatamento e queimadas só ocorrem em áreas já ocupadas e atacou até o Leonardo DiCaprio →
Acnur anuncia fundo para refugiados climáticos
Agência da ONU destinará recursos do Fundo para proteger grupos de refugiados do clima. Objetivo é arrecadar US$ 100 milhões de dólares até o final de 2025 →
Deputados mineiros voltam atrás e maioria mantém veto de Zema à expansão de Fechos
Por 40 votos a 21, parlamentares mantém veto do governador, que defende interesses da mineração contra expansão da Estação Ecológica de Fechos, na região metropolitana de BH →