Por 6 votos a 1, os desembargadores do Tribunal de Justiça do Pará confirmaram o habeas corpus concedido a Regivaldo Pereira Galvão, o “Taradão”, condenado a 30 anos de prisão em júri popular pelo assassinato da missionária Dorothy Stang, em fevereiro de 2005. Apontado como mandante do crime, ele aguardará em liberdade o julgamento da apelação, ainda sem data prevista. A liberdade de Regivaldo foi concedida pela desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos no dia 19 de maio, o que gerou revolta entre ativistas dos direitos humanos e ambientalistas.
Para o diretor de Defesa dos Direitos Humanos da Secretaria de mesmo nome do Estado do Pará, Fernando Matos, a decisão dos desembargadores pode fazer com que a tensão na região de Anapu, onde a missionária foi morta, aumente. “Algumas pessoas podem ficar mais afoitas”, disse o diretor em entrevista à Agência Brasil. Uma das testemunhas de acusação sofreu um atentado em novembro de 2009. Matos espera que o Ministério Público entre com recurso contra o habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STF). Regivaldo também pode voltar para cadeia pelo crime de grilagem de terra.
Leia mais:
– Justiça liberta Taradão
Leia também
Acnur anuncia fundo para refugiados climáticos
Agência da ONU destinará recursos do Fundo para proteger grupos de refugiados do clima. Objetivo é arrecadar US$ 100 milhões de dólares até o final de 2025 →
Deputados mineiros voltam atrás e maioria mantém veto de Zema à expansão de Fechos
Por 40 votos a 21, parlamentares mantém veto do governador, que defende interesses da mineração contra expansão da Estação Ecológica de Fechos, na região metropolitana de BH →
Do Brasil à Colômbia, conservação ambiental através da literatura
Feira do livro de Bogotá traz os biomas brasileiros em destaque, com uma curadoria literária voltada para o meio ambiente →