Dois anos de pesquisas permitiram ao biólogo Mauro Teixeira Júnior levantar dados sobre hábitos alimentares, relações com o clima, períodos de reprodução e outras informações inéditas sobre lagartos que vivem no pouco estudado vale do rio Peruaçu, norte de Minas Gerais, onde avança o semi-árido brasileiro. Foi lá que ele avistou, em 2007, um Enyalius pictus, espécie que até então especialistas só haviam encontrado na Mata Atlântica. A pesquisa conduzida junto ao Departamento de Zoologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo teve apoio da Fapesp e recolheu dados preciosos sobre aqueles animais, típicos da “mata seca” que cresce sobre solos calcários e que perde as folhas a cada estiagem. Alguns lagartos terão seu DNA analizado para aprofundar o conhecimento sobre suas características e, quem sabe, apontar novas espécies. Por falar nisso, nas armadilhas preparadas por Teixeira durante a pesquisa também surgiu um novo sapo. Adiante, o biólogo deve seguir vasculhando regiões semelhantes no restante do Brasil. Mais informações da agência Fapesp aqui.
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