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1/3 das áreas protegidas da Amazônia enfrentam problemas, diz estudo

As transformações poderão provocar desequilíbrio ambiental, provocando secas, enchentes, impactando na sobrevivência de espécies da fauna e da flora

Sabrina Rodrigues ·
28 de agosto de 2017 · 7 anos atrás
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 Das 388 áreas protegidas, 112 estão classificados como risco alto ou muito alto. Foto: Andre Deak/Flickr.

Das 388 áreas protegidas, 112 estão classificados como risco alto ou muito alto. Foto: Andre Deak/Flickr.

Na sexta-feira (25), uma pesquisa sobre a Amazônia foi apresentada, em Brasília, a técnicos do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). O estudo alerta que das 388 áreas protegidas distribuídas entre os nove países que abrigam o bioma, 112 enfrentam riscos devido a ação humana.

O estudo “Análise de Vulnerabilidade da Amazônia e suas áreas protegidas” realizado dentro da filosofia de Pan-Amazônia, capitaneada pela Rede Parques, foi realizado pelo WWF, com o apoio do governo alemão. Os resultados do trabalho já foram apresentados em conferências ambientais importantes como Paris, Havaí e Cancún.

A Amazônia é o maior bioma do Brasil e o maior ecossistema terrestre do planeta. Das 388 unidades de conservação em toda a Amazônia, 145 são de proteção integral. Porém, 112 dessas áreas protegidas estão classificadas como risco alto ou muito alto.

A pesquisa mostra que 12% do território amazônico poderão passar por mudanças climáticas severas, podendo afetar o equilíbrio ambiental da região, provocando secas, enchentes, exercendo um impacto na sobrevivência de espécies da fauna e da flora. Esses efeitos alterarão de forma negativa a vida das comunidades ribeirinhas, extrativistas, indígenas e quilombolas.

O diretor de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial do ICMBio, Cláudio Maretti, ressalta a importância de uma ação conjunta entre os países. “O principal intuito é pensar a Amazônia dentro de um contexto transnacional, pois é um bioma que agrega nove países sul-americanos”, afirma o diretor. “No caso das vulnerabilidades, estamos pensando num contexto de adaptação de mudanças, de forma a gerenciar os planos de manejo, a proteção e as demais ações de manutenção para a conservação”, acrescenta Maretti.

*Com informações da Assessoria de Comunicação do ICMBio

 

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  • Sabrina Rodrigues

    Repórter especializada na cobertura diária de política ambiental. Escreveu para o site ((o)) eco de 2015 a 2020.

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