Reportagens

Artigo aponta que restaurar 30% em áreas prioritárias evitaria 71% das extinções

Estudo pioneiro lista quais ecossistemas devem ser restaurados para obter maiores benefícios ao menor custo para o enfrentamento da crise climática e perda de biodiversidade

Carolina Lisboa ·
15 de outubro de 2020 · 4 anos atrás
A restauração de 30% das áreas prioritárias seria suficiente para evitar a extinção de 71% das espécies. Foto: Christian Braga/Greenpeace

As Nações Unidas e os cientistas vêm alertando desde muito tempo que o mundo está prestes a perder um milhão de espécies nas próximas décadas, e que os esforços para atingir as metas mundiais de biodiversidade definidas para 2020, incluindo a de restaurar 15% dos ecossistemas do planeta, falharam em grande parte. Por isso, com a proximidade da Convenção sobre Diversidade Biológica em Kunming, na China, em 2021, os países estão reforçando seus planejamentos. O resultado de um desses esforços foi um relatório publicado nesta quarta-feira (14) assinado por 27 pesquisadores de 12 países. O artigo conclui que a restauração de 30% de áreas prioritárias específicas como florestas, pastagens, estepes, pântanos e ecossistemas áridos que foram substituídos por cultivos agrícolas, além dos ecossistemas ainda em seu estado natural, absorveria o equivalente a 49% de todo o carbono acumulado na atmosfera nos últimos dois séculos – 465 bilhões de toneladas de dióxido de carbono – e salvaria a maioria das espécies terrestres ameaçadas de extinção (71%).

“Fomentar os planos de restauração de ecossistemas naturais significativos é fundamental para evitar que as presentes crises climáticas e as ameaças à biodiversidade saiam do controle”, afirma Bernardo Strassburg, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e autor principal do estudo intitulado Global priority areas for ecosystem restoration, publicado na revista Nature.

“As urgências mundiais relacionadas ao clima, à biodiversidade e às questões orçamentárias exigem soluções que possam lidar com todos esses aspectos, e nosso relatório as oferece”.

Ao identificar, no mundo inteiro e de forma precisa, quais ecossistemas devem ser restaurados a fim de beneficiar a biodiversidade e o clima a um custo baixo e sem maiores impactos na produção agrícola, esse estudo é o primeiro a demonstrar evidências de abrangência mundial de que a localização é o fator mais importante para os esforços de restauração que almejem resultados profundos em prol das metas de biodiversidade, clima e segurança alimentar. De acordo com o estudo, a restauração pode ser treze vezes mais eficaz quando feita em locais de maior prioridade.

O estudo enfoca primeiramente os potenciais benefícios da restauração de ecossistemas tanto florestais como não florestais no mundo inteiro. “Pesquisas anteriores deram destaque às florestas e à reflorestação e quase não abordaram o papel da restauração de pastagens nativas e outros ecossistemas, cuja destruição seria extremamente prejudicial para a biodiversidade e deve ser evitada. Nossa pesquisa mostra que, embora a reparação de florestas seja fundamental para mitigar o aquecimento global e proteger a biodiversidade, outros ecossistemas também desempenham um papel importante”, explicou Strassburg.

Mapa produzido no estudo com as áreas prioritárias para a restauração. Fonte: Global priority areas for ecosystem restoration/Nature

Através da PLANGEA – uma plataforma sofisticada de otimização que aplica uma multiplicidade de critérios e oferece uma abordagem matemática para encontrar soluções certeiras a uma variedade de problemas – e das tecnologias de mapeamento, os pesquisadores avaliaram 2,87 bilhões de hectares de ecossistemas convertidos em terras agrícolas no mundo inteiro. Dessas áreas, 54% era originalmente floresta, 25% pastagens, 14% estepes, 4% terras áridas e 2% pântanos. Em seguida, as terras foram avaliadas com base em três fatores ou objetivos – habitats dos animais, armazenamento de carbono e custo-benefício – para determinar que porcentagem (se 15 % ou 30%) de restauração traria mais benefícios em termos de biodiversidade e absorção de carbono com menos custos associados.

Os pesquisadores também identificaram uma solução transfronteiriça, de alcance mundial e capaz de gerar múltiplos benefícios. Essa solução responderia por 91% dos potenciais benefícios para a biodiversidade, 82% dos benefícios de mitigação do clima e reduziria os custos em 27% ao se concentrar em áreas com baixos custos de implementação e de oportunidade. Ao projetar os benefícios de uma restauração em nível nacional, ou seja, que todos os países restaurem 15% de suas florestas, os pesquisadores notaram uma redução de 28% dos benefícios ligados à biodiversidade, 29% dos benefícios climáticos e um aumento de 52% nos custos. “Esses resultados destacam a importância primordial da cooperação internacional para alcançar esses objetivos. Cada país desempenha um papel diferente e complementar no cumprimento das metas globais de biodiversidade e clima”, afirma Strassburg.

O estudo descobriu que a restauração de diferentes ecossistemas gera benefícios diferentes e complementares. A restauração de florestas e pântanos, por exemplo, proporciona mais benefícios para o clima e a biodiversidade. Por outro lado, a restauração de pastagens e ecossistemas áridos é mais barata. Já a restauração de estepes na América do Sul e na África traz benefícios importantes para sua tão particular biodiversidade. Em geral, a coordenação dos esforços de restauração em diferentes ecossistemas produzirá, ao todo, mais benefícios. “A restauração de florestas gera benefícios extremamente importantes e comprovados, porém, nosso estudo mostra que restaurar uma variedade maior de ecossistemas pode beneficiar ainda mais a biodiversidade e contribuir mais para os objetivos climáticos”, explica Strassburg.

Diante do receio de que a restauração de ecossistemas perturbaria a produção agrícola ao reduzir as áreas de lavoura, os pesquisadores calcularam quantos ecossistemas poderiam ser restaurados sem que o suprimento de alimentos seja afetado. Descobriram que 55% dos ecossistemas transformados em áreas agrícolas – 1.578 bilhões de hectares – poderiam ser restaurados sem interromper a produção de alimentos. Isso seria possível por meio de uma produção de alimentos sustentável e bem planejada, baseada em uma agricultura mais intensiva, na redução do desperdício de alimentos e na diminuição da produção de carne e queijo, que exigem grandes quantidades de terra e que, portanto, geram emissões excessivas de gases de efeito estufa. “À medida que os governos voltam a se concentrar nas metas globais de clima e biodiversidade, nosso estudo fornece informações geográficas precisas e necessárias para fazer escolhas bem informadas sobre quais ecossistemas restaurar”, afirmou Robin Chazdon, um dos autores do relatório.

Infográfico Global priority areas for ecosystem restoration/Nature

A abordagem desenvolvida já está disponível para ajudar na implementação em escala nacional e local e tem atraído formuladores de políticas, ONGs e representantes do setor privado interessados em um melhor custo-benefício para suas iniciativas de restauração. “Pretendemos colaborar para a restauração maciça de ecossistemas, alinhando interesses socioecológicos e financeiros, aumentando os impactos tanto para a natureza quanto para as pessoas, melhorando os retornos e reduzindo os riscos para os investidores”, esclareceu Strassburg.

Em geral, o estudo fornece provas convincentes para os formuladores de políticas interessados em formas eficientes e acessíveis de atingir as metas de biodiversidade clima e desertificação. De acordo com os dados, a restauração, quando bem coordenada e realizada junto com a proteção de ecossistemas intactos e um melhor uso das terras agrícolas, é uma solução incomparavelmente melhor, embora pouco utilizada até hoje. “Nossos resultados oferecem evidências muito claras dos benefícios de um planejamento e uma implementação conjunta de soluções pertinentes ao clima e à biodiversidade, o que é particularmente oportuno devido aos destacados encontros planejados para 2021 no marco das convenções da ONU sobre biodiversidade climática e degradação da terra”, declarou Strassburg.

“O estudo também demonstra uma aplicação crucial, mas até então inexplorada, da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN”, observou Thomas Brooks, cientista-chefe da União Internacional para Conservação da Natureza e coautor do estudo. “Ele servirá de insumo para as discussões do próximo ano no Congresso Mundial de Conservação da IUCN e na 15ª Conferência das Partes da CDB [Convenção sobre Diversidade Biológica] sobre a implementação de compromissos políticos, incluindo o Desafio de Bonn, a Década de Restauração da ONU e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.

“É necessário adotar uma nova perspectiva, em que a prioridade seja a obtenção de resultados em múltiplos níveis, para além das áreas de floresta e das metas baseadas em áreas do território nacional, e isso exige uma cooperação internacional mais intensa a fim de obter benefícios mundialmente relevantes advindos da restauração de valiosos ecossistemas. Precisamos fomentar ações em prol de um planeta saudável”, disse Chazdon.

Em entrevista para ((o))eco, Bernardo Strassburg esclarece algumas questões relacionadas ao artigo.

((o))eco: De acordo com o estudo, a restauração de alguns ecossistemas poderia salvar a maioria das espécies em extinção. Quais seriam esses ecossistemas e por que são tão importantes?

Bernardo Strassburg: Um dos diferenciais do nosso estudo foi ter desenvolvido uma abordagem global que cobriu todos os tipos de ecossistemas. Os estudos anteriores focavam apenas em florestas tropicais, por exemplo, enquanto que nós realmente cobrimos todos os tipos de ecossistemas. O resultado importante que encontramos foi que todos eles têm um papel. As florestas tropicais, naturalmente, são grandes áreas prioritárias para restauração, seja do ponto de vista da biodiversidade ou do carbono. Mas as áreas alagadas ou wetlands, como o nosso Pantanal, por exemplo, são ainda mais importantes do que florestas por hectare, tanto para mudanças climáticas quanto para a biodiversidade. Biomas de savana, por exemplo, como parte do nosso Cerrado, também são cruciais para a conservação da biodiversidade. Em termos de biodiversidade, encontramos que áreas alagadas mundo afora, savanas e florestas tropicais, principalmente as que perderam grande parte de sua área, como a nossa Mata Atlântica – que está entre os top 5% das áreas de prioridade global do mundo para restauração florestal – além de ilhas mundo afora, como as do mar Báltico até o sul da Terra do Fogo. Em geral, para a biodiversidade, estes são os grandes padrões e tipos de ecossistemas.

Áreas úmidas como o Pantanal também são prioritárias para restauração. Foto: Flavio André-MTur

Como a restauração de somente 30% dessas áreas prioritárias, além dos ecossistemas em estado natural, absorveria até 49% de todo o carbono acumulado na atmosfera nos últimos dois séculos?

A restauração de 30% dos ecossistemas convertidos, se ocorrer em áreas prioritárias, pode sequestrar até 49% de todo o CO2 acumulado na atmosfera desde a Revolução Industrial. O crescimento da vegetação acumula biomassa e absorve o gás carbônico, mas o acúmulo no solo também é importante, em especial nas áreas alagadas. As florestas tropicais são o tipo de vegetação prioritária, como vemos tanto no sudeste asiático como na África ou nas nossas Amazônia e Mata Atlântica. Essas são as áreas prioritárias. Existem outras florestas também úmidas, mas temperadas, como na Nova Zelândia ou na Califórnia, que também têm um potencial interessante, mas realmente a concentração de carbono ocorre em florestas tropicais e áreas alagadas mundo afora. Claro que isso leva um tempo e esse tempo varia. As florestas tropicais são relativamente muito rápidas, recuperando boa parte do carbono de uma floresta primária em poucas décadas, cerca de 20-30 anos. Áreas temperadas levam um ciclo mais longo, assim como o acúmulo de carbono em áreas alagadas.

A restauração pode ser considerada uma grande forma de absorver carbono da atmosfera. Dentre as chamadas Soluções Baseadas na Natureza para Mudanças Climáticas, a restauração é, de longe, a com maior potencial de absorção de CO2. Estimativas anteriores apontaram que essas Soluções Baseadas na Natureza somam cerca de 30% das soluções disponíveis para atingirmos as metas do Acordo de Paris. Mas infelizmente elas só recebem 3% da atenção da mídia e 1% do financiamento. Então esperamos que, com esse estudo e outros mais, a atenção para essas Soluções Baseadas na Natureza, em relação às Soluções Tecnológicas, cresça e tenha o papel proporcional que deva ter em função desses múltiplos benefícios, que vão muito além do clima.

Poderia nos explicar por que a localização seria o fator mais importante para os esforços de restauração? Como se daria a solução transfronteiriça proposta no artigo?

Nós encontramos que os custos e benefícios da restauração variam enormemente no espaço e de formas bem diferentes. Quando essa situação ocorre, a importância de se promover a restauração em áreas prioritárias cresce, pois o mesmo total de restauração, de 15 a 30% do mundo ou 100 milhões de hectares, pode gerar benefícios completamente diferentes, dependendo de onde você as realiza. Um dos resultados mais importantes é o aumento em até 13 vezes no custo-efetividade da restauração, dependendo da localização, ou seja, uma mesma quantidade de área restaurada pode ser até 13 vezes mais custo-efetiva, dependendo de onde você a implementa.

Restauração ajudaria a salvar quase dois terços das espécies ameaçadas. Foto: Liana de Sena/ICMBio

Ligado a isso está o fato de que uma parte razoável está concentrada em países em desenvolvimento. Por um lado isso é um desafio, mas por outro abre espaço para a colaboração internacional. A restauração em países ricos é em geral muito cara e traz benefícios muito limitados para o planeta, para a biodiversidade e para o clima. É muito mais benéfico, do ponto de vista econômico, do clima e da biodiversidade, que países ricos financiem processos de restauração em países em desenvolvimento que se interessem por isso, onde há espaço para isso e onde não haja competição com produção agrícola. Isso, inclusive, já é previsto em acordos internacionais, como o Acordo do Clima de Paris, e essa colaboração já vem ocorrendo ao longo da última década. A expectativa é que essas colaborações aumentem ao longo da próxima década, à medida que esforços de mitigação climática ganhem escala, assim como a busca por soluções custo-efetivas. Nesse momento, buscar soluções que beneficiem tanto o clima quanto a biodiversidade e os países em desenvolvimento, e que seja mais economicamente viáveis para os países desenvolvidos, é um potencial de ganha-ganha para todo mundo, se bem planejado e supervisionado.

O estudo afirma que a restauração de ecossistemas não afetaria o suprimento de alimentos, já que 55% dos ecossistemas transformados em áreas agrícolas poderiam ser restaurados sem interromper a produção. Como isso seria realizado? Seria factível engajar o agronegócio nessa meta?

É bem importante esse resultado no qual conseguimos conciliar a conservação de tudo o que sobrou de áreas naturais no mundo [desmatamento zero global] com a restauração em larga escala e a produção de alimentos. Hoje isso se dá basicamente porque muitas áreas já convertidas ou já desmatadas, principalmente aquelas para pecuária, têm uma produtividade muito baixa em relação à que poderiam ter de forma sustentável. Encontramos que o aumento de produtividade, se realizado nas áreas prioritárias para isso, pode liberar áreas para restauração sem impactar a produção. No Brasil vemos isso de forma muito clara. O país tem 75% [ou ¾] das áreas desmatadas dedicadas à pecuária, e essas áreas têm produtividade muito baixa. Embora o Brasil seja top em produtividade especialmente na agricultura de grãos, a pecuária fica muito aquém, na média. Temos, em números redondos, um boi por hectare de pastagem onde poderíamos ter três – nós medimos isso. Então, basicamente, poderíamos concentrar a área de pecuária em um terço do que ela ocupa hoje e manter a mesma produção. Poderíamos liberar área para expansão da agricultura, ou seja, expansão da soja, da cana e demais cultivos, para essas áreas de pastagem de baixa produtividade, incrementar a produtividade da pecuária em áreas menores e ainda liberar bastante área para restauração.

Eu acho bem factível o engajamento do setor agrícola nisso, porque já fizemos, em outros estudos aqui no Brasil, essa comparação. Só o que se poderia se receber de créditos de carbono em um mercado de carbono bem modesto, em virtude da restauração da Mata Atlântica ou da Amazônia, por exemplo, é muito superior à renda da pecuária. A pecuária tem uma renda muito baixa. Então, para os próprios produtores, um esquema desse tipo onde eles concentram a produção numa área menor, liberam área para restauração e recebem pagamentos por esses serviços ambientais, em especial do carbono, pode ser bem atraentes.

No Brasil, de forma geral, estimamos em dezenas de bilhões de reais por ano o quanto o Brasil poderia receber num mercado internacional desse tipo, se resolver colaborar e participar. O Brasil é o primeiro país do mundo, o “G1”, nesse mercado potencial de incentivos, se fizer isso com o devido cuidado, nas áreas prioritárias para a biodiversidade e para o clima, e também para conciliar com a expansão da agricultura. Assim, conseguiríamos atingir essas metas e ainda gerar mais renda no campo. Então eu acredito que há um potencial, e isso ficando mais claro e sendo melhor comunicado, com ferramentas que desenvolvemos para ajudar nesse planejamento, há uma tendência de crescimento, principalmente se conseguirmos quebrar a narrativa de que essas são soluções opostas.

O Brasil concentra diversas áreas prioritárias para restauração e conservação poderia ser um bom negócio para os produtores rurais. Foto: Augusto Miranda/MTur

Como pesquisador, o que você espera das convenções da ONU sobre biodiversidade climática e degradação da terra em 2021? Conseguiremos atingir as metas da “Década da Restauração”?

Eu tenho me engajado ativamente no processo de construção dos novos acordos globais, principalmente na Convenção da Biodiversidade, que, aliás, foi quem pediu para que a gente desenvolvesse esse estudo. Alguns dos resultados e das mensagens-chave já fazem parte do rascunho atual do potencial acordo, o que é muito legal. Então eu estou “cautelosamente otimista” de que é factível, mas muito depende de como o mundo vai resolver sair da crise atual de Covid-19 e da crise econômica resultante: se vamos, como foi depois da crise de 2008, escolher estimular atividades econômicas do século passado ou se vamos dar uma guinada em relação à recuperação verde.

Há sinais dessa guinada na Europa, como o chamado Green New Deal, e o [candidato à presidência] Biden, nos Estados Unidos, também está sinalizando nessa direção. Então, de repente, se houver um ímpeto de estimular as economias incentivando as atividade mais “verdes”, a restauração salta bastante nas prioridades, pois ela gera empregos, renda e todos esses benefícios de forma bastante custo-efetiva. Se a escolha for por um caminho mais verde nessa recuperação, então eu estou cautelosamente otimista. Em relação aos acordos em particular, a gente espera ver refletido nesses acordos a importância de se implementar metas em áreas prioritárias, como está hoje.

Desenvolvemos essa metodologia para, uma vez os acordos celebrados, seja o que for acordado, estarmos prontos já no dia seguinte para oferecer uma ferramenta de suporte de decisão para subsidiar o planejamento e a implementação das metas acordadas. Um dos problemas da última década da CBD foi que alguns países levaram até sete anos para desenvolver os seus planos de ação da década, enquanto 70% da década já havia passado. Então nós criamos essa ferramenta de suporte de decisão esperando dar uma modesta contribuição ao planejamento e implementação das metas que sejam acordadas.

 

 

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  • Carolina Lisboa

    Jornalista, bióloga e doutora em Ecologia pela UFRN. Repórter com interesse na cobertura e divulgação científica sobre meio ambiente.

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