Fotos: Projeto Baleia Franca / IWC – Brasil
As 91 baleias francas apareceram numa faixa de 400km entre o sul do Rio Grande do Sul e Garopaba, sul de Santa Catarina. Nos outros 2.100km de vôo, registrou-se a presença de apenas uma baleia na costa fluminense, da espécie bryde. A bióloga Karina Groch, que participou do vôo, acredita que a pequena incidência de baleias francas acima do litoral catarinense esta época do ano se deva à temperatura das águas.
De toda forma, não visualizar nenhuma baleia franca nos mares do Sudeste é um sinal de que o Projeto Baleia Franca precisa mesmo atuar na região. É o que afirma José Truda, fundador e coordenador do projeto. “A espécie está chegando mais longe, mas talvez em menor número do que imaginávamos”. O reforço educativo do Núcleo do Rio pode ser essencial para aumentar a população de francas no estado.
Desde 1987 (com alguns anos de interrupção) são realizados vôos mensais para observar os animais na região Sul durante a temporada de baleia francas no Brasil, que vai de julho a novembro. No estado do Rio de Janeiro, que ainda não tem muitos recursos garantidos, o monitoramento será, a princípio, anual.
A contar com o sucesso das ações de conscientização no Rio de Janeiro, o vôo de 2005 pela costa do estado começará a identificar as baleias francas que gostam de se aventurar mais para o norte e receber a famosa hospitalidade do carioca. Que só precisa de um pouco de informação para exercê-la até debaixo d’água: “O carioca não tem essa tradição de se relacionar com a fauna marinha. Precisou vir um projeto do sul para ensinar a ele que existe vida no mar”, diz Ricardo Gomes, coordenador do Projeto no Rio.
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