Reportagens

Fotografar para conservar: novas ferramentas de imagem potencializam a conservação

As novas tecnologias fotográficas desempenham um papel importante: permitem o monitoramento remoto de fauna e aproximam o público ao meio natural.

Observatório das UCs ·
7 de julho de 2015 · 9 anos atrás

Com mais de 70 votos, o animal da foto foi identificado como um Rinoceronte Branco através do site InstantWild. Foto: Divulgação
Com mais de 70 votos, o animal da foto foi identificado como um Rinoceronte Branco através do site InstantWild. Foto: Divulgação

Ao listar as vinte mais modernas e poderosas ferramentas de conservação que foram apresentadas durante o último Congresso Mundial de Parques, o blog da Escola de Silvicultura e Estudos Ambientais da universidade norte-americana de Yale incluiu exemplos que fazem uso da fotografia.

Uma delas é o Instant Wild, um sistema de armadilhas fotográficas localizadas em áreas protegidas que captura e envia imagens em tempo real via satélite. Na outra ponta, através de crowdsourcing, pessoas ajudam a identificar o animal retratado, permitindo que cientistas analisem os dados muito mais rápido e avaliem se os animais estão sendo alvo de caçadores.

Outra ferramenta parecida é o NatureWatch, da BirdLife International. O aplicativo para celular permite que as pessoas planejem suas aventuras em áreas naturais e partilhem as fotos de suas experiências, funcionando como os olhos dos esforços de conservação no terreno e ajudando a monitorar cada local, planejar as melhores ações e responder a ameaças.

Para Joseph Kiesecker, um dos cientistas-chefes do The Nature Conservancy, a fotografia é uma ferramenta que desempenha um papel importante na conservação. Um dos seus maiores potenciais é chamar a atenção dos moradores das cidades para as ameaças enfrentadas pelas áreas naturais distantes de suas casas, além de exemplificar como as pessoas interagem com o meio natural. Fotos vão longe e dão voz às espécies e lugares selvagens.

Fotografias em 360°

Pessoas comuns podem compartilhar fotos interativas de áreas protegidas. Imagem: Divulgação/Google
Pessoas comuns podem compartilhar fotos interativas de áreas protegidas. Imagem: Divulgação/Google

Fotos panorâmicas fazem uma pessoa se sentir dentro de uma área protegida. Para produzi-las, frequentadores de Unidades de Conservação podem usar a ferramenta Google Photo Sphere que produz essas fotografias imersivas e compartilhá-las com o resto do mundo. A tecnologia presente nas mais recentes versões dos celulares Android permite não apenas o compartilhamento dessas fotos 360°, como também marcar suas coordenadas geográficas. Assim, é possível marcar em um mapa exatamente onde cada uma das imagens foi feita. Sequências de fotos podem ser encadeadas, formando passeios virtuais interativos pelas regiões retratadas.

Parque Nacional da Chapada do Guimarães

Nos links abaixo é possível ver fotos de várias Unidades de Conservação brasileiras, em registros feitos por pessoas comuns.

Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira

Parque Estadual da Serra do Cabral

Parque Estadual Dunas de Natal

Parque Nacional dos Lencois Maranhenses

Parque Nacional da Chapada dos Guimarães

Parque Nacional do Iguaçu

Parque Nacional da Lagoa do Peixe

Parque Nacional da Canastra

Parque Nacional da Bocaina

Parque Natural Municipal do Mendanha

Parque Nacional da Tijuca

Parque Nacional da Serra dos Órgãos

Parque Estadual do Desengano

Parque Nacional do Caparaó

Parque Nacional da Serra do Cipó

Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros

Parque Nacional da Chapada Diamantina

Parque Estadual Serra Nova

Parque Estadual da Serra do Tabuleiro

 

*Este texto é original do blog Observatório de UCs, republicado em O Eco através de um acordo de conteúdo.

 

 

Leia também
Fogo e prevenção: lições a serem aprendidas com a APA do Tocantins que é campeã de incêndios
Desmatamento avança na Reserva Extrativista do Alto Juruá
Queimadas em Unidades de Conservação dobram no primeiro semestre de 2015

 

 

 

 

Leia também

Reportagens
25 de junho de 2015

Queimadas em Unidades de Conservação dobram no primeiro semestre de 2015

 Foram identificados 10.036 focos de incêndio entre 1º de janeiro e 22 de junho de 2015, enquanto em 2014 havia 4.798, um aumento de 109,23%.

Reportagens
30 de junho de 2015

Desmatamento avança na Reserva Extrativista do Alto Juruá

Pesquisa aponta aceleração no desmate da primeira Resex criado no país. Estudo afirma que falta de investimento do governo federal na unidade.

Reportagens
2 de julho de 2015

Fogo e prevenção: lições a serem aprendidas com a APA do Tocantins que é campeã de incêndios

A APA Leandro, em Tocantins, é campeã de incêndios, mas seus problemas indicam medidas e ações para reduzir focos de fogo em UCs.

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.