A cena na antiga capital do Brasil é comum e se repete todo dia: alguém abre a janela do carro (ou ônibus) e joga fora a embalagem do biscoito que estava comendo. Na cidade do Rio de Janeiro, jogar lixo no chão é tão corriqueiro que não desperta constrangimento em quem pratica o ato e é por isso que a prefeitura da cidade resolveu punir o bolso os porcalhões. Pensando em diminuir as despesas com a limpeza urbana, a prefeitura anunciou que multará quem for pego sujando as ruas. A medida começará a valer em julho.
A decisão da Prefeitura está baseada na lei 3.273, de 2001, que nunca foi usada. A multa será aplicada pela guarda municipal, que usará um equipamento para registrar a inflação. Basta o número do CPF para emitir a multa. Quem se recusar a dizer o CPF será encaminhado à delegacia mais próxima.
Os valores da punição dependerão do tamanho do lixo descartado irregularmente. Jogar uma lata de cerveja no chão, por exemplo, poderá custar R$157 ao infrator. Ser flagrado jogando resíduos maiores que um metro cúbico, como um sofá velho, pode custar R$980.
Além dos guardas, funcionários da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) atuarão na fiscalização. A polícia militar também foi chamada para ajudar na aplicação da norma.
Em entrevista ao jornal RJTV, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) afirmou que a medida começará no centro do Rio, Zona Sul e parte do subúrbio.
Na cidade do Rio, gastam-se mais de R$192 milhões por ano para limpar as ruas. Uma das principais artérias do centro da cidade, a avenida Rio Branco, é varrida 4 vezes por dia pela Comlurb e parece que nunca está limpa.
Leia também
Avistar celebra os 50 anos da observação de aves no Brasil
17º Encontro Brasileiro de Observação de aves acontece este final de semana na capital paulista com rica programação para todos os públicos →
Tragédia sulista é também ecológica
A enxurrada tragou imóveis, equipamentos e estradas em áreas protegidas e ampliou risco de animais e plantas serem extintos →
Bugios seguem morrendo devido à falta de medidas de proteção da CEEE Equatorial
Local onde animais vivem sofre com as enchentes, mas isso não afeta os primatas, que vivem nos topos das árvores. Alagamento adiará implementação de medidas →