O fenômeno meteorológico La Niña tem assolado a região amazônica da Bolívia. Chuvas intensas inundaram rios e afetaram diversas comunidades. Segundo o vice-ministro de Defesa Civil da Bolívia, Oscar Cabrera, “há quarenta anos não se registravam chuvas de tanto impacto na região com as consequências que estamos vendo hoje”.
Milhares de pessoas foram atingidas pela cheia dos rios Tahuamanu e Acre, nos Estados Pando e Beni. Segundo a Agência Boliviana de Informação (ABI) o rio Acre, que separa as cidades de Cobija na Bolívia e Brasileia no Brasil, subiu pelo menos 14 metros. Recentemente, o presidente Evo Morales decretou estado de emergência no país.
Veja mapa de lugares mais afetados pelas cheias na Bolívia:
Veja Inundaciones 2012 em um mapa ampliado
De acordo com informações da WWF, a Amazônia está cada dia mais vulnerável a novas inundações, agravadas por fatores externos como desmatamento, queimadas e construção de represas e estradas.“As inundações se devem às mudanças climáticas”, afirmou Jerjes Mercado, diretor da Agência para o Desenvolvimento das Macrorregiões e Zonas Fronteiriças da Bolívia.
Carlos Souza, pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em declarações para ((o)) eco Amazônia, afirmou que a resiliência da floresta “pode ser ameaçada pela superposição de fenômenos climáticos naturais (como secas prolongadas) e consequências das mudanças climáticas (secas frequentes e efeitos do El Niño mais intensos)”.
Leia também
Garimpeiros protestam contra operação da PF em Humaitá
Operação destruiu balsas de garimpo ilegais em uma comunidade próxima ao município do Amazonas. Houve protestos →
A favor da exploração na Foz do Amazonas, Magda Chambriard assume presidência da Petrobras
“A gente não pode desistir da Margem Equatorial. Nesse ponto, meu foco é a Foz do Amazonas, pelo tipo de geologia”, disse. Conheça a nova comandante da estatal →
Bancos investiram quase 7 tri de dólares em fósseis desde Acordo de Paris
Enquanto financiamento climático patina, US$ 705 bilhões foram injetados em energia suja apenas no ano passado, mostra relatório →