Mapa de Desmatamento das Terras Baixas e Yungas da Bolívia. Você pode ampliar e navegar pelo mapa usando seu mouse ou os controles no canto inferior direito. Crédito: FAN Bolivia |
Entre os anos 2000 e 2010 na Bolívia foram desmatados 1,8 milhões de hectares de florestas, de acordo com o Mapa de Desmatamento das Terras Baixas e Yungas da Bolívia, estudo feito pela Fundação Amigos da Natureza (FAN). Deste total, 908 mil hectares se perderam entre 2000 e 2005, e outras 912 mil entre os anos de 2005 e 2010.
No ano de 2010, na Bolívia as florestas de terras baixas (até 1.000 metros de altitude) e os yungas (região andina tropical, entre 1.900 e 3.800 metros de altitude) ocupavam 499.622 km2, quase 45% da superfície do país.
A pesquisa mostra que a Amazônia não foi a mais afetada pelo desmatamento na Bolívia. Ela teve desmatados um total de 295 mil hectares entre 2000 e 2010 (16%), sendo superada pela região Chiquitania, com mais de 1 milhão de hectares perdidos (56%), e a região do Chaco, com 447 mil hectares (25%), ambas entre 2000 e 2010. Já a região Yungas perdeu 52 mil hectares (3%).
“Este estudo deve promover o diálogo entre os interessados em nossas florestas, para gerar mais pesquisas sobre métodos para detectar o desmatamento de forma precisa e barata, e para discutir com as autoridades onde se pode e onde não se pode desmatar”, disse Humberto.
Mapa interativo mostra desmatamento dos 9 países da Amazônia
InfoAmazonia mostra a grande floresta como você nunca viu
Saiba mais
Mapa de Desmatamento nas Terras Baixas e Yungas da Bolívia 2000-2005-2010
Leia também
Escazú não é prioridade?
Escazú chega à terceira COP sem que o Brasil o tenha ratificado. Delegação brasileira conta com ampla participação da sociedade civil, mas ausência de alto escalão grita →
Na abertura do Acampamento Terra Livre, indígenas divulgam carta de reivindicações
Endereçado aos Três Poderes, documento assinado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e organizações regionais cita 25 “exigências e urgências” do movimento →
Gilmar suspende processos e propõe ‘mediação’ sobre ‘marco temporal’
Ministro do STF desagrada movimento indígena durante sua maior mobilização, em Brasília. Temor é que se abram mais brechas para novas restrições aos direitos dos povos originários →