Depois das projeções bilionárias de compensações por carbono evitado feitas por empresas não apenas brasileiras, mas do mundo todo, um novo relatório do Greenpeace indica que é preciso cautela ao divulgar essas estimativas. Segundo a organização, o projeto de compensação de carbono pela preservação do parque Noel Kempff Mercado, na Bolívia, vai conseguir evitar a emissão de 5.8 milhões de toneladas de dióxido de carbono em 30 anos. Isso equivale a 11% do que havia sido projetado em 1997. O Greenpeace alerta para propaganda enganosa de empresas como a BP America, American Eletric Power Company e PacifiCorp, que apoiam o projeto, por terem reportado ao departamento americano de energia compensações maiores do que a capacidade do programa de conservação boliviano. A intenção é conseguirem crédito para continuar suas atividades poluentes.
A divulgação do relatório do Greenpeace causou desconforto no mundo das ONGs. A organização TNC, que encabeçou o projeto em Noel Kempff, declarou oficialmente que discorda do Greenpeace, mas admite que as projeções foram maiores do que o que se verificou na realidade.
Leia também
Estados inseridos no bioma Cerrado estudam unificação de dados sobre desmatamento
Ação é uma das previstas na força-tarefa criada pelo Governo Federal para conter destruição crescente do bioma →
Uma bolada para a conservação no Paraná
Os estimados R$ 1,5 bilhão poderiam ser aplicados em unidades de conservação da natureza ou corredores ecológicos →
Parque no RJ novamente puxa recorde de turismo em UCs federais
Essas áreas protegidas receberam no ano passado 23,7 milhões de visitantes, sendo metade disso nos parques nacionais →