O Imazon divulgou hoje seu novo boletim sobre desmatamento na Amazônia. Os dados mostram um aumento de 167% nas derrubadas em agosto, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Ao todo, foram perdidos 273 quilômetros quadrados de matas – principalmente no Pará (76%), Mato Grosso (8%), Amazonas (6%) e Rondônia (5%). No Pará, a destruição se concentrou no trecho da BR-163 entre a fronteira com o Mato Grosso até Itaituba, e também na área de influência da Transamazônica, entre Marabá e Uruará e em São Félix do Xingu. Outros estados contribuíram com cerca de 5% do desmatamento.
Ainda conforme o instituto, os números não deixam dúvida de que o desflorestamento avançou forte em unidades de conservação. Normalmente são essas áreas que mantêm um pouco de verde em meio à devastação. Daí a corrida dos “gafanhotos” para seu interior.
De acordo com o Imazon, 131 quilômetros quadrados (48%) do desmate registrado em agosto aconteceu dentro de áreas onde a perda de vegetação deveria ser zero, ou no mínimo obedecer a rigoroso controle. As unidades de conservação mais afetadas foram APA Estadual Triunfo do Xingu (na Terra do Meio), a Floresta Nacional do Jamanxim e a Terra Indígena Apyterewa. (Aldem Bouscheit)
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