O Brasil continua na liderança absoluta no número de focos de calor registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) entre quinta e esta sexta-feira. Foram 4.290 contra 692 identificados na Bolívia, segundo lugar. Só Mato Grosso teve 927 incêndios vistos pelos satélites, seguido por Pará (629) e Bahia (608). No estado de Blairo Maggi, que tem três vezes mais bois do que moradores, esse foi um típico sinal de que a população voltou a atear fogo sem medo de sanções, embora provocar incêndios sem autorização legal seja crime ambiental em qualquer parte do país a qualquer época do ano. Até o dia 30 de setembro vigorava o período proibitivo de queimadas, que havia começado no dia 15 de julho. No último dia de proibição, o estado conseguiu segurar 510 focos de calor, depois os números voltaram a disparar. Em decorrência da fumaça, quem está em Mato Grosso vive hoje sob os piores índices de qualidade do ar do país, com destaque para a região norte, onde a concentração de monóxido de carbono chegou a três mil partes por bilhão (ppb). Cerca de 83 unidades de conservação brasileiras apresentaram focos em seu interior ou nos limites próximos.
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