Se tem uma ONG que está dando duro aqui em Bali para ser ouvida é a Wetlands Internacional. Fundada por um grupo de holandeses, ela está promovendo uma série de eventos e soltando protestos por toda parte para alertar sobre as emissões que estão sendo causadas pela destruição de turfeiras ao redor do mundo. A degradação é especialmente preocupante no sudeste asiático, onde a vegetação de turfas está sendo queimada e revolvida para dar lugar a largas plantações de dendê, de onde se extrai biodiesel. E olha só a estupidez: para produzir um litro de biocombustível nestas fazendas se gasta dois barris de petróleo. Totalmente insustentável.
Um estudo apresentado nesta segunda na Conferência do Clima, a Wetlands, junto com o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas, indicou que as emissões das turfeiras estão na casa de três bilhões de toneladas por ano, o que equivale a 10% das emissões mundiais. A proposta para resolver o problema é bastante ousada: parar de tratar as turfeiras como floresta e sim como recurso mineral para que suas emissões possam ser reduzidas através dos mecanismos do Protocolo de Quioto.
Leia também
Em reabertura de conselho indigenista, Lula assina homologação de duas terras indígenas
Foram oficializadas as TIs Aldeia Velha (BA) e Cacique Fontoura (MT); representantes indígenas criticam falta de outras 4 terras prontas para homologação, e Lula prega cautela →
Levantamento revela que anta não está extinta na Caatinga
Espécie não era avistada no bioma havia pelo menos 30 anos. Descoberta vai subsidiar mudanças na avaliação do status de conservação do animal →
Lagoa Misteriosa vira RPPN em Mato Grosso do Sul
ICMBio oficializou a criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural Lagoa Misteriosa, destino turístico em Jardim, Mato Grosso do Sul →