Para cada 1 real investido em ecoturismo na Reserva Mamirauá, no Amazonas, o retorno é de R$ 4, 72 para a economia local. A conclusão vem do artigo “Ecoturismo de Base Comunitária na RDS Mamirauá: avaliação da qualidade do produto e reflexões acerca da viabilidade econômico-financeira da atividade”, publicado na Revista Uakari, publicação científica do próprio Instituto Mamirauá.
“Calcula-se que as transferências geradas para a economia local giram, então, em torno de 35% dos custos totais do empreendimento. Isso comprova a natureza social que a iniciativa possui”, disse Rodrigo Ozório, um dos autores do estudo.
O estudo levou em conta o caixa da Loja Mamirauá, os lucros das companhias aéreas e operadores de turismo. Mesmo com o fechamento do aeroporto de Tefé, responsável pelo transporte de 90% dos turistas que visitam a Pousada Uacari, que fica na reserva, a longo prazo, o projeto de ecoturismo tem dado o retorno financeiro esperado.
Entre 2010 e 2012, os municípios do entorno da reserva também tiveram benefícios econômicos. O município de Tefé recebeu um aporte de aproximadamente R$2.560.000,00, de Alvarães, R$330.000,00, e de Uarini, mais de R$170.000,00, no período de 2002 a 2010
A qualificação profissional de 150 moradores, além do incentivo para a conservação dos recursos naturais da área, agora fonte de interesse do turismo, tem ajudado na preservação do local. Além das belezas da região, os turistas são incentivados a conhecer o trabalho do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.
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Rodrigo Zomkowski Ozorio, Ariane Janér. Ecoturismo de Base Comunitária na RDS Mamirauá: Avaliação da Qualidade do Produto e Reflexões Acerca da Viabilidade Econômico-financeira da Atividade.
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