Notícias

“Os nativos o chamavam de peixe de cabeça amarela”

A piracanjuba é um peixe muito sensível à degradação ambiental. Nos últimos 30 anos a espécie foi reduzida à metade da população original.

Redação ((o))eco ·
10 de abril de 2015 · 9 anos atrás

Piracanjuba ([i]Brycon orbignyanus[/i]). Foto:
Piracanjuba ([i]Brycon orbignyanus[/i]). Foto:

A piracanjuba (Brycon orbignyanus) — nome tupi para “peixe de cabeça amarela” — é um peixe migratório que habita os leitos dos rios de grande e médio porte das bacias hidrográficas dos rios Paraná, Uruguai e da Prata, respectivamente, no Brasil, Uruguai e Argentina. No Brasil, a construção intensiva de barragens, a fragmentação das trilhas de desova, a fragmentação dos habitat, a destruição das matas ciliares e a pesca intensiva são as principais causas para o declínio da população, que caiu 50% em 30 anos. A extensão de ocorrência original deste peixe era de 1 milhão de km². Hoje, ele só ocorre num pequeno trecho do alto rio Paraná, uma faixa de cerca de 25 mil km² – uma redução de aproximadamente 97% da extensão original. A espécie foi categorizada como Ameaçada de acordo com a Listas das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção do ICMBio. A espécie encontra proteção nas UCs federais APA das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná e Parque Nacional de Ilha Grande.

 

 

Leia Também
Um crepúsculo para o periquito do Sol
Pangolim: para sobreviver não basta armadura
Onde as vacas são sagradas, elefantes não são

 

 

 

Leia também

Notícias
12 de março de 2015

Onde as vacas são sagradas, elefantes não são

Desde 1986 o elefante-indiano está listado como espécie ameaçada de extinção. Em 30 anos, a população diminuiu pela metade.

Notícias
20 de março de 2015

Pangolim: para sobreviver não basta armadura

As escamas que cobrem este peculiar mamífero não o protegem da ganância e da glutonice humana, vícios que podem levá-lo à extinção.

Notícias
1 de abril de 2015

Um crepúsculo para o periquito do Sol

Vítima do comércio predatório de animais silvestres, as jandaias-amarelas illuminam cada vez menos as matas sulamericanas.

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.