Notícias

O voo cada vez mais raro da Harpia ou Gavião-real

A ave de rapina que pela força e velocidade inspirou brasões militares, hoje se limita a uma fração do terrritório em que já reinou. Foto: Nivaldo Arruda/Flickr

Redação ((o))eco ·
28 de dezembro de 2012 · 11 anos atrás
Foto: Nivaldo Arruda/Flickr

O último animal homenageado em 2012 por ((o))eco é a Harpia (Harpia harpyja). O penacho em forma de coroa a levou a ser conhecida também por Gavião-real ou Gavião-de-penacho.  Seu tamanho e ferocidade levaram exploradores europeus a compararem essas magníficas aves a monstruosas criaturas mitológicas da Grécia antiga, que exibiam forma meio-águia, meio-mulher.

Há Harpias do México à Argentina. No Brasil, a espécie era encontrada em todas as matas do país, mas hoje raramente é vista fora da Amazônia.

Pesa quase 10 quilos e tem uma envergadura de mais de 2 metros. Embora não seja a maior ave de rapina do mundo, é uma das mais poderosas.

Figura em brasões de várias entidades brasileiras, como no brasão de armas do estado do Paraná, no símbolo do 4º Batalhão de Aviação do Exército Brasileiro e no símbolo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro.

Se alimenta de animais de médio porte, como preguiças, cachorros-do-mato, filhotes de veados e até mesmo de grandes macacos como os bugios, caçados em plena luz do dia com investidas curtas e velozes, feitas após horas de observação das presas do alto das árvores.

A perda de habitat é talvez a principal ameaça à Harpia ou Gavião-real, pois exige largas áreas para viver e caçar. A caça humana também é um problema, pois ela é perseguida por ser considerada um perigo para animais domésticos. Está classificada na categoria Quase Ameaçada (NT) pela lista vermelha da IUCN. Foto: Nivaldo Arruda/Flickr.

 

Leia Também 

Muriqui: o povo afetivo da floresta

O melhor do ano em ((o))eco: Fotografia

 

 

Leia também

Salada Verde
17 de maio de 2024

Avistar celebra os 50 anos da observação de aves no Brasil

17º Encontro Brasileiro de Observação de aves acontece este final de semana na capital paulista com rica programação para todos os públicos

Reportagens
17 de maio de 2024

Tragédia sulista é também ecológica

A enxurrada tragou imóveis, equipamentos e estradas em áreas protegidas e ampliou risco de animais e plantas serem extintos

Notícias
17 de maio de 2024

Bugios seguem morrendo devido à falta de medidas de proteção da CEEE Equatorial

Local onde animais vivem sofre com as enchentes, mas isso não afeta os primatas, que vivem nos topos das árvores. Alagamento adiará implementação de medidas

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.