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“Menos de um dólar por hectare”, lamenta Maria Tereza Jorge Pádua

Em entrevista a Deutsche Welle, ambientalista que criou 9 milhões de hectares de UCs deplora descaso do governo com áreas protegidas.

Redação ((o))eco ·
7 de maio de 2014 · 10 anos atrás

Parna Capivara: em perigo apesar de ser patrimonio cultural da humanidade. Foto: Fábio Olmos/wikiparques.org
Parna Capivara: em perigo apesar de ser patrimonio cultural da humanidade. Foto: Fábio Olmos/wikiparques.org

A Deutsche Welle, complexo de mídia do governo alemão, fez uma reportagem sobre a penúria em que se encontram os Parques Nacionais brasileiros, ancorada na crise do Parque Nacional Serra da Capivara, que foi obrigado a demitir a maioria dos seus funcionários.

A matéria entrevistou Maria Tereza Pádua, presidente da Associação Oeco e ambientalista que, na sua carreira nos órgãos ambientais, viabilizou a criação de 9 milhões de hectares de Parques Nacionais e outras áreas protegidas e começou projetos como o TAMAR.

“Existe um funcionário para cada 150 mil hectares [de Unidades de Conservação] e menos de um dólar por hectare. Parece brincadeira, mas é a situação. O que mais revolta é que o país gasta bilhões em estádios de futebol ou em uma hidrelétrica e não aplica recursos para a implantação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação”, afirmou Pádua.

Outra entrevistada foi Mariana Napolitano e Ferreira, especialista em políticas públicas do WWF-Brasil. Estudo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) estimou o potencial de receita dos Parques Nacionais brasileiros entre 1,6 e 1,8 bilhão de reais por ano. Mas, como lembrou Napolitano, existem apenas 26 parques, de um total de 69, abertos a visitação “e somente 18 possuem um infraestrutura satisfatória, com controle de fluxo de visitantes e cobrança de ingressos”.

A matéria foi reproduzida na Folha de S. Paulo e no Portal Terra.

 

 

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