Ao longo do ano a cobertura vegetal do planeta sofre profundas alterações, seja pela mudança das estações ou pela ação do homem sobre o meio ambiente. Conhecer este ciclo dinâmico da vegetação é cada vez mais importante para entender seus impactos sobre o clima na Terra, sobre a produção de alimentos e até mesmo para antecipar possíveis surtos de malária em algumas regiões da África.
Utilizando o sensor VIIRS (Visible and Infrared Imaging and Radiometer Suite) a bordo do satélite Suomi NPP é possível medir a quantidade de energia refletida pela superfície do planeta. Como as plantas absorvem a luz visível para fazer fotossíntese, quando a vegetação é abundante quase toda ela é absorvida pelas folhas, e muito mais luz infravermelha é refletida de volta para o espaço. Por outro lado, os desertos e regiões com vegetação esparsa refletem muito mais luz visível. Desta forma é possível medir com uma precisão cada vez maior a cobertura vegetal da superfície do planeta.
A animação abaixo foi feita com dados de abril de 2012 até abril de 2013 disponibilizados pelo NOAA (National Oceanic & Atmospheric Administration), o órgão para assuntos sobre meteorologia, oceanos, atmosfera e clima do governo dos EUA, mostrando um ano inteiro de mudanças na cobertura vegetal do planeta. As áreas de verde mais escuro representam a vegetação mais densa, enquanto as regiões de cores claras apontam uma escassa cobertura vegetal, seja por causa de neve, seca, rocha, ou áreas urbanas.
Algumas imagens são particularmente belas, como esta que mostra a vegetação que surge no meio do deserto acompanhando o curso do rio Nilo.
Já a imagem abaixo mostra a cobertura vegetal do Brasil na 41a semana de 2012.
No vídeo abaixo (com legendas em inglês), o Dr. Felix Kogan, cientista do NOAA, explica como os dados de vegetação do satélite Suomi NPP está melhorando a capacidade de detectar e monitorar as mudanças na cobertura vegetal em todo o planeta.
Leia também:
As florestas que perdemos nos últimos 30 anos
A biomassa tropical vista do espaço
A produção de alimentos vista do espaço
Leia também
Avistar celebra os 50 anos da observação de aves no Brasil
17º Encontro Brasileiro de Observação de aves acontece este final de semana na capital paulista com rica programação para todos os públicos →
Tragédia sulista é também ecológica
A enxurrada tragou imóveis, equipamentos e estradas em áreas protegidas e ampliou risco de animais e plantas serem extintos →
Bugios seguem morrendo devido à falta de medidas de proteção da CEEE Equatorial
Local onde animais vivem sofre com as enchentes, mas isso não afeta os primatas, que vivem nos topos das árvores. Alagamento adiará implementação de medidas →