A Floresta Amazônica queima na Bolívia. Levantamento feito pelo Data Cidades com base nos boletins oficiais de monitoramento do Ministério do Meio Ambiente da Bolívia indica que, só em agosto, foram 1.687 focos de calor detectados por meio de satélites em municípios de Beni e Pando, estados que fazem parte da Amazônia boliviana. Em dois deles, Exaltación e San Ramón, a concentração de incêndios chama a atenção – foram 371 no primeiro e 270 no segundo. No mapa abaixo, é possível visualizar a quantidade de focos de calor detectados em cada município (clique e use o zoom para visualizar informações detalhadas).
Assim como no Brasil, os meses de julho e agosto costumam ser os mais secos e, por isso, a concentração de queimadas se intensifica nesta época. O fogo é usado para a derrubada da mata e está relacionado à expansão de zonas agrícolas. É o mesmo que acontece nos estados brasileiros vizinhos Rondônia e Mato Grosso. Nos dados abertos disponibilizados no site da Nasa, é possível visualizar a incidência de fogo não só na Bolívia, mas também no Centro-Oeste do Brasil e no Oeste do Pará, um crescente de chamas que contorna os limites da fronteira agrícola.
Na Bolívia, os focos de incêndio estão na maior parte em áreas em que há estradas, com fácil acesso – é possível consultar em detalhes as rodovias do país neste mapa. O problema ameaça a floresta e é motivo de preocupação. Em 2012, foi criado o programa Amazônia Sem Fogo, justamente para tentar conter os incêndios. Em junho, ((o)) eco divulgou estudo que indicava aumento do risco de incêndios em áreas de floresta, incluindo na Bolívia em função do clima seco. Na região afetada pelas queimadas estão áreas úmidas importantes para o ciclo hidrológico não só dos rios da Bolívia, mas também dos que atravessam a Amazônia brasileira.
Baixe as informações que embasaram esta datareportagem. Clique aqui para obter uma tabela em excel ou em arquivo tipo .csv, com a relação dos focos de calor detectados nos estados de Beni e Pando, na Bolívia, durante o mês de agosto.
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