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Exonerada Silvana Canuto, a mulher forte do ICMBio

Diretora estava no órgão desde a criação do Instituto. No lugar, assume Anna Flávia Franco, que era diretora da Agência Nacional das Águas.

Daniele Bragança ·
22 de abril de 2013 · 11 anos atrás
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Silvana Canuto na festa de 50 anos do Parque Nacional da Tijuca, em 2011. Foto: Loscar/Blog PNI.
Silvana Canuto na festa de 50 anos do Parque Nacional da Tijuca, em 2011. Foto: Loscar/Blog PNI.

Foi oficializada a saída de Silvana Canuto do cargo de diretora de Diretora de Planejamento, Administração e Logística do ICMBio. O afastamento de Canuto na semana passada (17/4)  já era dado como certo desde o começo do ano. Em março, a ex-diretora chegou a se despedir de parte da equipe. No seu lugar, assume Anna Flávia de Senna Franco, que foi Assessora de Planejamento da Agência Nacional das Águas.

A troca de comandos no segundo escalão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade começou com a exoneração de Pedro Cunha e Menezes do cargo de diretor de Criação e Manejo de e Unidades de Conservação, no final do mês passado.

Os rumores sobre a queda da diretora mais poderosa da autarquia rondam os corredores de Brasília desde o fim de 2012. Advogada de formação e inspetora de polícia no Rio Grande do Sul, Canuto assumiu em 2007 e não mais saiu do posto. Ganhou poder na gestão de Rômulo Mello, a quem, em ausência, substituia na presidência do ICMBio.

Entre a saída de Rômulo Mello e a chegada de Roberto Vizentin, novo presidente da instituição, coube a Canuto administrar o Instituto, interinamente.

Na gestão Vizentin, o cargo de Silvana começou a incomodar. Fontes que não querem se identificar creditam a saída de Canuto por atritos com o presidente. Outros consideram uma troca normal de comando.

O periodo de administração de Silvana teve polêmicas. Em agosto de 2011, o ICMBio comprou, sem licitação, kits com gás lacrimogênio, spray de pimenta e balas de borracha. A despesa de R$ 3 milhões com o kit foi considerado desnecessária. A reportagem de Cláudio Angelo, na Folha de São Paulo, investigou a compra controversa.

Outra controvérsia foi um pregão de 20,3 milhões de reais para gastos com serviços gráficos para atender ao Instituto. O contrato milionário chamou atenção do Ministério Público Federal e do Tribunal de Contas da União, que suspendeu a realização do pregão. O fato foi exposta pelo jornal O Globo, em matéria de Regina Alvarez.

Ex-diretora da ANA assume vaga

Anna Flávia de Senna Franco foi Assessora de Planejamento da Agência Nacional das Águas (ANA). No dia 20 de março, a ministra Izabella Teixeira já tinha cedido a servidora da ANA para o cargo que agora ela assume oficialmente.

*editada em 24/04/12

 

Direito de resposta à Sra. Silvana Canuto

A Sra. Silvana Canuto, ex-diretora de Planejamento, Administração e Logística do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade), procurou ((o))eco para fazer uma crítica ao texto “Exonerada Silvana Canuto, a mulher forte do ICMBio” http://www.oeco.org.br/salada-verde/27103-exonerada-silvana-canuto-a-mulher-forte-do-icmbio , que noticiou a sua saída do órgão, em abril de 2013.
Silvana apontou que ela não havia sido ouvida, principalmente no que tocava duas compras do ICMBio que ocorreram sua responsabilidade e que a matéria chamava de “polêmicas”.

Embora ouvi-la não seja uma obrigação do site, ela está certa: é prática essencial do jornalismo e, como editor, reconheço que ((o))eco falhou: Silvana deveria ter sido ouvida.

Minha sugestão foi que ela que nos encaminhasse a sua crítica para publicação. Segue abaixo, então, a carta de Silvana Canuto, que publicamos voluntariamente como direito de resposta.

 

Eduardo Pegurier, editor

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  • Daniele Bragança

    Repórter e editora do site ((o))eco, especializada na cobertura de legislação e política ambiental.

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