A repercussão negativa do empreendimento Out of Africa Brasil (OOAB) − que pretende transformar o Jalapão em um safari africano − fez o governo de Tocantins recuar e afirmar, por meio de nota, que “não vê viabilidade na implementação do projeto”.
O projeto Out of Africa Brasil estava sendo analisado pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), responsável pelos licenciamentos ambientais no estado. O seu presidente, Alexandre Tadeu, chegou a dar declaração pública em favor do empreendimento.
Ontem, porém, em nota divulgada no portal T1 de notícias, a Secretaria de Comunicação do governo de Tocantins informou a mudança de posicionamento: “Apenas pela rejeição provocada nos meios ambientas federais e pela própria sociedade, o Governo não vê viabilidade na implementação do referido projeto como ele foi aventado” afirma.
Para relembrar, o Out of Africa Brasil pretende colocar 400 animais da savana africana livres numa área de 100 mil hectares de Cerrado. A repercussão veio na hora. Em ((o)) eco, a matéria de Leilane Marinho ficou, em poucas horas, no primeiro lugar das mais lidas da semana. No twitter, a hastag #leãonojalapãonão! foi criada para protestar contra o empreendimento. Um abaixo assinado online contra a proposta também já feito, com 1775 assinaturas recolhidas até o fechamento desta nota.
A nota do governo de Tocantins termina com um pedido para que os empreendedores internacionais mantenham a disposição de investir no estado, em projetos “viáveis e em consonância com a sustentabilidade e respeito ao meio ambiente”.
Leia também
Livro destaca iniciativas socioambientais na Mata Atlântica de São Paulo
A publicação traz resultados do Projeto Conexão Mata Atlântica em São Paulo, voltados para compatibilização de práticas agropecuárias com a conservação da natureza →
Barcarena (PA) é o primeiro município a trabalhar a cultura oceânica em 100% da rede pública de ensino
Programa Escola Azul incentiva instituições de ensino de todo o país a integrar a rede e implementar cultura oceânica nas escolas. Mais de 290 escolas de todo o Brasil participam do projeto →
Um macaco sem floresta na capital do Amazonas
Símbolo de Manaus, o sauim-de-coleira corre risco de desaparecer da cidade amazônica, ameaçado pelo avanço da urbanização desordenada →