O padre Giovanni Bruno, da Diocese de Ourinhos, interior de São Paulo tornou-se um dos mais atuantes ambientalistas em uma campanha de proteção do Rio Pardo, no qual existem planos para a construção de 9 pequenas centrais hidrelétricas. O clérigo atua em parceria com a ONG Rio Pardo Vivo.
“Tive conhecimento da situação em abril, através de conversas com os amigos e da divulgação da ONG. Como a maioria do povo aqui não está sabendo de nada, estamos procurando ajudar na discussão. Todo o clero da Diocese de Ourinhos foi visitar, em maio, a região de Santa Cruz do Rio Pardo [onde três PCHs estão previstas] para conhecer mais de perto a situação”, conta o padre.
Conforme o fundador da ONG Rio Pardo Vivo, Luiz Carlos Cavalchuki, o rio já conta com um PCH, em Itatinga, o que somaria 10 barramentos em pouco mais de 250 km de extensão.
Crédito: Pedro Figueira
Região do Rio Pardo ameaçada pelas três PCHs previstas para o município de Santa Cruz do Rio Pardo/SP.
Crédito: Pedro Figueira
Região do Rio Pardo ameaçada pelas três PCHs previstas para o município de Santa Cruz do Rio Pardo/SP.
Crédito: Pedro Figueira
''Vão sacrificar todo o nosso rio para não gerar mais do que 100 MW no total. Além disso, a região poderia investir mais em biomassa, como já tem feito a partir do bagaço da cana-de-açucar e da laranja, que vem gerando bastante energia. Não há necessidades, a não ser por interesse financeiro, de se vestir em hidrelétricas aqui'', conclui.
Foto: Pedro Figueira
''Vão sacrificar todo o nosso rio para não gerar mais do que 100 MW no total. Além disso, a região poderia investir mais em biomassa, como já tem feito a partir do bagaço da cana-de-açucar e da laranja, que vem gerando bastante energia. Não há necessidades, a não ser por interesse financeiro, de se vestir em hidrelétricas aqui'', conclui.
Foto: Pedro Figueira
''Vão sacrificar todo o nosso rio para não gerar mais do que 100 MW no total. Além disso, a região poderia investir mais em biomassa, como já tem feito a partir do bagaço da cana-de-açucar e da laranja, que vem gerando bastante energia. Não há necessidades, a não ser por interesse financeiro, de se vestir em hidrelétricas aqui'', conclui.
Foto: Pedro Figueira
''Queremos que o estudo considere os 600 hectares de áreas agrícolas que serão perdidos pelo alagamento das PCHs, as 155 propriedades rurais afetadas e os cera de 200 empregos diretos da agricultura familiar perdido. Eles só abordam os empregos temporários que irão gerar na construção das hidrelétricas'', crítica Cavalchuki.
Foto: Pedro Figueira
''Queremos que o estudo considere os 600 hectares de áreas agrícolas que serão perdidos pelo alagamento das PCHs, as 155 propriedades rurais afetadas e os cera de 200 empregos diretos da agricultura familiar perdido. Eles só abordam os empregos temporários que irão gerar na construção das hidrelétricas'', crítica Cavalchuki.
Foto: Pedro Figueira
''Queremos que o estudo considere os 600 hectares de áreas agrícolas que serão perdidos pelo alagamento das PCHs, as 155 propriedades rurais afetadas e os cera de 200 empregos diretos da agricultura familiar perdido. Eles só abordam os empregos temporários que irão gerar na construção das hidrelétricas'', crítica Cavalchuki.
Foto: Pedro Figueira
A Diocese de Ourinhos no Rio Pardo.
Crédito: Pedro Figueira
Conforme o fundador da ONG Rio Pardo Vivo, Luiz Carlos Cavalchuki, o rio já conta com um PCH, em Itatinga, o que somaria 10 barramentos em pouco mais de 250 km de extensão.
Crédito: Pedro Figueira
Conforme o fundador da ONG Rio Pardo Vivo, Luiz Carlos Cavalchuki, o rio já conta com um PCH, em Itatinga, o que somaria 10 barramentos em pouco mais de 250 km de extensão.
Crédito: Pedro Figueira
O gosto pessoal do padre Giovanni pelas causas ambientais está em sintonia com o tema da Campanha da Fraternidade 2011: “Fraternidade e a Vida no Planeta”. Assim, ele conseguiu levar as discussões ecológicas para a igreja e para o blog da diocese, chamando a atenção da população local para os empreendimentos.
“É preciso destacar que o nome de pequenas centrais hidrelétricas é só na teoria, porque elas causam grandes impactos ambientais e sociais. A região de Santa Cruz possui sítios arqueológicos que são Patrimônio Regional e Nacional, além da biodiversidade de fauna e flora. Somando os impactos dos três empreendimentos que se deseja construir no local, é como um tsunami para a natureza”, explica o pároco.
Fundador da ONG Rio Pardo Vivo, Luiz Carlos Cavalchuki, afirma que um dos problemas da construção de PCHs na região é a questão do custo-benefício. Isso porque o grande impacto ambiental das usinas Niágara, Santana e Figueira Branca não vai compensar a quantidade de energia estimadas para elas, somadas: 66 megawatts (MW).
Além disso, ressalta Cavalchuki, “o levantamento do estudo de impacto ambiental foi feito em oito meses, constando poucos dados do ecossistema do local. Muitas espécies de peixes, por exemplo, ficaram de fora, assim como os sítios arqueológicos foram abordados superficialmente, maquiando informações para agilizar as obras”.
Com o intuito de prorrogar o prazo para a avaliação do EIA-RIMA – Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (o prazo que foi dado para análise foi de 45 dias), a Associação de Apoio ao Desenvolvimento de Santa Cruz do Rio Pardo, emitiu um ofício à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB.
Links externos:
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