Estudo da Empresa Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, mostra que o consumo de energia elétrica no Brasil crescerá, em média, 4,8% ao ano até 2020. A pesquisa foi feita com base numa projeção de crescimento da economia brasileira de 5% ao ano.
A demanda sairá de um patamar de consumo total de 456,5 mil gigawatts-hora (GWh) no ano de 2010 para 730,1 mil GWh em 2020. Um acréscimo de 274 mil GWh, volume superior ao atual consumo de eletricidade do México e próximo ao atual consumo de eletricidade da Espanha.
O setor que mais deve crescer é o comercial, com taxa média anual de 6%, passando de 69,1 mil GWh este ano para 123,8 mil GWh em 2020. Já os setores industrial e residencial devem crescer 4,8% e 4,5% por ano, respectivamente. O máximo histórico do setor residencial de 180 kWh/mês, observado antes do racionamento de 2001, será ultrapassado por volta de 2017.
A autoprodução, isto é, o reaproveitamento de resíduos da produção industrial como combustíveis para a própria indústria (como ocorre em petroquímicas e no segmento sucroalcooleiro, por exemplo), deverá crescer 6,6% por ano.
O estudo prevê ainda ganhos de eficiência no consumo de energia elétrica, o que poderá gerar uma economia de até 33,9 mil GWh no ano de 2020, isto é, 4,5 mil megawatts (MW) médios, o que equivale à energia média gerada pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, Pará. As estimativas constam da Nota Técnica “Projeção da demanda de energia elétrica para os próximos 10 anos”, produzida pela Empresa de Pesquisa Energética – EPE. (Daniele Bragança)
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