Uma expedição organizada pelo Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ) e o Instituto Chico Mendes (ICMBio) levou, em julho desse ano, uma equipe de 50 especialistas para percorrer o rio São João durante três dias, com o intuito de observar e identificar problemas ambientais da região.
A pesquisa, apoiada por diversas entidades públicas e ONGs ligadas à conservação da natureza, levou técnicos para vivenciar de perto a degradação do rio causada por ações humanas em áreas já muito prejudicadas e em outras mais preservadas como a nascente do São João, situada no município de Cachoeiras de Macacu. Eles também foram à foz, em Barra de São João, e nos trechos na Reserva Biológica de Poço das Antas.
No primeiro dia os pesquisadores encontraram uma boa qualidade de água e uma vegetação mais preservada, porém no segundo observaram assoreamento do Reservatório de Juturnaíba e desmatamento, inclusive nas matas ciliares. Depois viram também uma maior ocupação urbana nas margens do rio e problemas como pesca e caça ilegal, com direito a uma apreensão de material utilizado na pesca irregular pelo ICMBio. Diante deste quadro, os órgãos ambientais pretendem publicar uma relação de medidas para solucionar os problemas ambientais, como monitoramento, reflorestamento, intensificação da agropecuária e fiscalização.
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