As aves estavam lá desde 2006, quando chegaram por meio de um programa de cooperação para conservação de animais ameaçados. As duas araras, depois de passarem por exames e acompanhamento em uma “quarentena” no zoológico de Cananéia, serão enviadas a outros zoológicos. Nada de natureza selvagem, pois nasceram ou se adaptaram completamente ao cativeiro.
Ambas são endêmicas da caatinga baiana, ou seja, só ocorrem ou ocorriam naquela região. Sua extrema ameaça de extinção se deve à captura para tráfico e perda de habitat por desmatamento e outras atividades humanas. O programa de reprodução da ararinha-azul (foto) tem apenas 80 aves, distribuídas em centros no Brasil (Zoológico de São Paulo e Fundação Lymington), Espanha (Fundação Loro Parque), Alemanha (ACTP) e Qatar (Al Wabra Wildlife Preservation), essa último alvo de reportagem de O Eco (veja aqui).
Já a arara-azul-de-lear enfrenta situação um pouco melhor. Há indivíduos em ambiente natural em municípios baianos como Canudos, Jeremoabo, Euclides da Cunha e Sento Sé. Mas exemplares da espécie têm sido apreendidos em poder dos traficantes. Alguns já foram confiscados em outros países e repatriados.
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