Há poucos dias, a versão candidata à Presidência da senadora Marina Silva foi criticada por ambientalistas e teve frases usadas por apóstolos do desenvolvimento ao não se posicionar frontalmente contra às barragens no rio Xingu. Independentemente da posição da ex-ministra, o pesquisador Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), comentou a O Eco que não se pode esquecer que lagos de hidrelétricas são fontes permanentes de gases de efeito estufa.
Ele apontou as emissões de Carbono pela decomposição de árvores mortas que se projetam acima do lago e de Metano pela decomposição anual da vegetação que cresce sob a lâmina d´água, nas suas variações entre secas e cheias. O Metano é dezenas de vezes mais prejudicial à saúde do planeta que o Carbono. Logo, seguir plantando hidrelétricas é uma estratégia que também precisa ser pesada por um país com metas de redução a cumprir. “O assunto é pouco debatido, mas as hidrelétricas são fontes importantes de gases estufa”, disse Fearnside.
Saiba mais:
Metano no centro das atenções
A conta da boiada nas emissões
Alternativa para Balbina
Hidrelétricas na pauta do IPCC
Leia também
Com quase 50 dias de atraso, Comissão de Meio Ambiente da Câmara volta a funcionar
Colegiado será presidido pelo deputado Rafael Prudente (MDB-DF), escolhido após longa indefinição do MDB; Comissão de Desenvolvimento Urbano também elege presidente →
Em reunião com representes indígenas, Lula anuncia força-tarefa por demarcações
Grupo será composto por 6 órgãos, sob coordenação do Ministério dos Povos Indígenas; participantes do Acampamento Terra Livre fizeram passeata até a Praça dos Três Poderes →
Levantamento mapeia áreas de impacto das eólicas offshore nas comunidades pesqueiras no RN
Cartografia Social do Mar alerta para o potencial impacto das eólicas no mar em áreas ocupadas por comunidades tradicionais e revela como projetos de energia podem prejudicar o ecossistema marinho →