Salada Verde
Para salvar a Mata Fluminense
Na manhã desta quarta-feira, o Espaço Tom Jobim, no Parque Jardim Botânico (RJ), recebeu o lançamento do livro “Estratégias e ações para a conservação da biodiversidade no estado do Rio de Janeiro”. Organizada por Helena Bergallo, do Instituto Biomas (UFRJ) e outros nove cientistas, a obra é fruto de quatro anos de trabalho e foi escrita por mais de cem pesquisadores a partir de dados próprios, outros contidos na literatura e estudos de campo.
Para avaliar a situação atual da Mata Atlântica e as áreas prioritárias para proteção, a equipe dividiu o estado em diferentes regiões através de critérios como semelhanças urbanas, ecológicas, econômicas, culturais e sociais. Os resultados desta análise são nove áreas: Petróleo e gás natural, urbano-industrial, turística dos lagos fluminenses, serrana de economia diversificada, turística da Costa Verde, industrial do Médio Paraíba, turístico-cultural do Médio Paraíba, serrana de economia agropecuária e agropecuária dos rios Pomba, Muriaé e Itabapoana.
“Queremos que este trabalho seja um incentivo para a formação de políticas públicas e ações de conservação da Mata Atlântica, que originalmente cobria 12% do território nacional. E indicamos os locais que mais precisam”, disse Bergallo. Durante o evento, o presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, Clayton Lino, anunciou novos signatários do Pacto para a Restauração do bioma. Além disso, também avisou que uma reunião da Unesco realizada nesta quarta-feira na Coréia do Sul colocou 76 milhões de hectares do ecossistema como reserva da biosfera.