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Cardeal-amarelo: Salve, salve

Na tradição católica, cardeais vestem vermelho. Um cardeal em vestes amarelas é algo raro de se ver.

Redação ((o))eco ·
24 de outubro de 2013 · 10 anos atrás

Cardeal-amarelo ([i]Gubernatrix cristata[/i]) em meio à relva. Foto: Edwin E. Harvey/Flickr
Cardeal-amarelo ([i]Gubernatrix cristata[/i]) em meio à relva. Foto: Edwin E. Harvey/Flickr

O cardeal-amarelo (Gubernatrix cristata) é um pássaro da família Emberizidae, os pardais do Novo Mundo, um grupo que inclui aves como os tico-tico, os caboclinhos e os papa-capins. A espécie é natural do Uruguai, do leste da Argentina e do sul do Brasil, mais especificamente as porções oeste e sul do Rio Grande do Sul.

Medindo cerca de 19,2 cm de comprimento a coloração de suas penas é amarela e preta, mais distinta nos machos. As fêmeas se diferenciam por uma faixa superciliar e estria malar (um “bigode”) brancos, e o peito cinzento. São pássaros de extraordinária beleza física e sonora.

A espécie vive em bosques abertos, savanas, regiões arbustivas semidescampadas e em campos sujos, áreas propícias aos seus hábitos alimentares: de sementes, frutos e insetos que encontra no chão.

Os cardeais são geralmente vistos aos pares ou em pequenos grupos. Em determinadas regiões da Argentina, entretanto, pode ocasionalmente formar bandos de até 50 indivíduos.
Na época de reprodução se tornam territoriais, se afastando de outros casais da espécie por uma distância de ao menos 1km. A fêmea põe de três a quatro ovos em um ninho em forma de tigela, construído de gravetos, fibras. Os filhotes nascem após 12 ou 13 dias.

De acordo com a IUCN, a Gubernatrix cristata é considerada como espécie Ameaçada. Para o ICMBio, ela está Criticamente em Perigo. É ameaçado pela captura crônica de indivíduos na natureza para criação em cativeiro ou para o comércio ilegal de pássaros silvestres. A plumagem exuberante e o canto agradável tornam a espécie cobiçada pelos entusiastas de aves cantoras. Também contribui destruição e descaracterização do hábitat promovidas pela expansão da orizicultura e pecuária no litoral e extremo-oeste do Rio Grande do Sul, além da conversão dos campos da serra do Sudeste em plantações de eucalipto.

Os esforços de preservação do cardeal-amarelo são alvo do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Passeriformes Ameaçados dos Campos Sulinos do ICMBio cuja meta é reduzir a destruição dos hábitat da espécie e a captura ilegal das aves.

 

 

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